As intervenções deverão ser concluídas no primeiro semestre do próximo ano. Crédito da foto: Divulgação / Saae Sorocaba

O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Sorocaba está desenvolvendo as obras e intervenções que têm como objetivo a recuperação e a consequente recolocação em carga da quarta adutora que traz água bruta da represa de Itupararanga para o tratamento e a distribuição na cidade.

Essa adutora, de 500 milímetros de diâmetro, originalmente é em aço e está sendo substituída por tubulações em ferro fundido, que embora apresente um custo de aquisição maior, sua durabilidade é extremamente superior, conforme explica o diretor-geral da autarquia, engenheiro Mauri Gião Pongitor.

No total, são 16.500 metros de extensão, desde a serra de São Francisco, em Votorantim, até a Estação de Tratamento de Água “Dr. Armando Pannunzio”, a ETA Cerrado, na avenida General Carneiro, dos quais 15 mil metros já foram concluídos pela autarquia, o que representa 90% de obras vencidas.

Num primeiro momento, em 2014, depois de serem detectados sinais de deterioração em sua estrutura, foi dado início à recuperação da adutora, com a substituição apenas dos trechos que se apresentavam mais comprometidos, mas depois de alguns testes de carga, chegou-se à conclusão de que o ideal seria a sua substituição por completo, com exceção do que já havia sido recuperado, em sua grande parte trechos aéreos da adutora. “É um trabalho bastante complexo, principalmente devido aos locais atravessados pela adutora, nesse caso quase todos subterrâneos, em terrenos acidentados e com mata, de difícil acesso e consequentemente apresentando dificuldades maiores para se trabalhar”, explica o diretor operacional de água do Saae/Sorocaba, Marcelo Moretto.

Novo traçado

O projeto definido para o traçado da adutora que vem sendo recuperada difere do original, pois os técnicos e engenheiros da autarquia optaram por um caminho mais seguro, com menos interferências e que possibilitasse um menor investimento. “No trecho urbano da adutora, optamos por seguir um traçado que incluísse grandes avenidas, utilizando os seus canteiros centrais, diminuindo assim a inferência no trânsito e reduzindo os custos com reparos de pavimento. Com esse novo caminho da adutora, eliminamos também as áreas de servidão, dentro de propriedades particulares, que também dificultariam e atrasariam os trabalhos”, detalha Pongitor.

Como optou por não abrir licitação e contratar empresa especializada, utilizando os seus próprios funcionários, o investimento para essa obra de substituição e recuperação da quarta adutora se restringe à compra de materiais, nesse caso os tubos de ferro fundido, cujo total aproximado é de R$ 9,4 milhões.

Ainda segundo o diretor operacional de água, engenheiro Moretto, embora faltem apenas 10% do total previsto, as intervenções deverão ser concluídas no primeiro semestre do próximo ano, visto que o trecho final é área urbana, o que dificulta o trabalho.

Curiosidades

As obras de recuperação da adutora de 500 milímetros de diâmetro apresentam duas curiosidades. A primeira delas está relacionada à construção do novo viaduto sobre a rodovia Raposo Tavares, ligando as ruas João Wagner Wey e Augusto Lippel, que possibilitou à autarquia passar a nova tubulação sob o passeio de sua estrutura, o que trouxe uma economia de R$1milhão, custo este estimado para se fazer uma nova travessia não destrutível sob a rodovia.

A segunda curiosidade diz respeito a uma nova tecnologia empregada para reabilitar a tubulação sob a rodovia SP-79, utilizando uma técnica inovadora, chamada Cured In Place Pipe (CIPP), que consiste em inserir um revestimento em fibra de vidro, impregnado com resina, dentro da tubulação comprometida.

Após essa inserção, este revestimento é inflado e curado com a utilização de um robô que emite ultravioleta, e em seguida é realizado um teste de estanqueidade no revestimento e então são conectadas as duas extremidades nas tubulações já substituídas, nas margens da rodovia, intervenção essa que deverá ter início em janeiro próximo. (Da Redação, com informações do Saae-Sorocaba)