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Promotora da Infância e Juventude detalha projeto de acolhimento

12 de Outubro de 2019 às 00:30
Marcel Scinocca [email protected]

Secretaria de Educação do Paço vira alvo de investigação A promotora da Infância e Juventude, Cristina Palma. Crédito da foto: Erick Pinheiro / Arquivo JCS (6/5/2019)

A promotora da Infância e Juventude, Cristina Palma, comentou nesta sexta-feira (11) sobre como será o encaminhamento a partir de agora dos projetos aprovados pela Câmara e que institui na cidade a possibilidade de acolhimento de crianças em situação de vulnerabilidade por famílias sorocabanas que não estão na lista de adoção. Trata-se do programa de guarda subsidiada e o Serviço de Acolhimento Familiar.

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De acordo com a promotora, a partir de agora, as famílias serão criteriosamente escolhidas e avaliadas. O cadastro será feito nos Centros de Referência Especializado de Assistência Social (Creas).

“Haverá uma equipe avaliando. A parte mais delicada é agora. A avaliação do perfil das famílias. Porque, por exemplo, não pode ser família que tem interesse na adoção”, enfatiza.

De acordo com a promotora, o Ministério Público atuará na fiscalização do projeto e no encaminhamento das crianças para as famílias, mas está envolvido nas iniciativas desde as primeiras discussões, em 2018.

“Tomei conhecimento desse projeto há um ano”, conta Cristina. Conforme ela, reuniões foram feitas sobre o tema ainda no ano passado.

Acrescenta a promotora que pesquisas mostram que crianças de até 2 anos que vivem em família têm desenvolvimento cognitivo muito melhor que as crianças que vivem em serviço de acolhimento.

“Há estudos que indicam até atrofia cerebral nessas crianças que não têm o afeto adequado nessa fase da vida. Uma audiência pública foi realizada na Câmara para discutir o tema”.

Cristina também explica que o processo e o objetivo do trabalho com as famílias acolhedores são diferentes daquelas que têm intenção na adoção.

“É para dar os cuidados necessários enquanto a gente verifica se a família biológica vai ter condição de retomar a guarda da criança e se iria para uma família substituta adotiva”, diz. “As famílias adotivas têm um cadastro próprio (para a adoção), que não é esse da família acolhedora.” (Marcel Scinocca)