Promotora alerta para vulnerabilidade social de crianças
A magistrada atua no Ministério Público para a garantia dos direitos dos mais jovens. Crédito da foto: Erick Pinheiro (6/5/2019)
Com a suspensão das atividades presenciais nas escolas da rede municipal, alguns alunos em situação de vulnerabilidade social acabam engrossando uma dura estatística das crianças que são exploradas pelo trabalho de venda em semáforos e cruzamentos da cidade de Sorocaba. É o que aponta a promotora da Infância e Juventude do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), Cristina Palma.
Em entrevista ao jornal Cruzeiro do Sul, a magistrada comentou sobre sua atuação para a garantia dos direitos dos mais jovens. “Há três anos eu vim para a promotoria que cuida das crianças em situação de risco, que inclui a educação, saúde pública e acolhimento. São essas as minhas funções que nessa época da pandemia tem sido bastante demandado”, relembrou.
Sobre os casos de exploração, Cristina relaciona o aumento do número de crianças na rua com a suspensão das aulas. “Anteriormente, foi identificado um grupo de pessoas que coloca essas crianças para trabalhar. Havia uma organização que explorava essas crianças. Antes eram crianças já conhecidas; agora não, a situação está ampliada, porque falta escola e falta rendimento em casa”, explicou.
A promotora ainda faz um pedido aos sorocabanos. “Eu sei que é duro falar isso para população, mas eu enquanto promotora faço um apelo para que elas não comprem. Muitas vezes as pessoas fazem de bom coração, para ajudar, por dó, mas essas crianças só estão lá porque tem quem compre”, ressaltou.
Durante a entrevista, Cristina Palma também comentou sobre outras ações de auxílio a crianças em situação de vulnerabilidade social, como o kit de alimentação e o cartão Merenda Escolar da Secretaria de Educação (Sedu). Para acompanhar na íntegra o bate-papo com a promotora, acesse o QR Code ao lado. (Wesley Gonsalves)