Professores da Unesp Sorocaba estão na lista dos cientistas mais influentes
O pesquisador Steven Frederick Durrant é professor do Departamento de Engenharia de Controle e Automação. Crédito da foto: Divulgação / Unesp Sorocaba
Dois professores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Sorocaba estão na lista dos 100 mil pesquisadores mais influentes do mundo. O ranking é elaborado pela Universidade de Stanford, nos EUA, em todas as áreas do conhecimento, e foi divulgado recentemente pela revista científica “Plos Biology”. Os professores doutores são: Steven Frederick Durrant e Leonardo Fernandes Fraceto.
O levantamento foi feito por meio de uma das bases mais respeitadas de publicação de artigos científicos de cientistas de todo o mundo. Os pesquisadores da Universidade de Stanford restringiram os quase 7 milhões de pesquisadores que publicaram pelo menos cinco artigos, para os 100 mil que causaram mais impacto com suas publicações.
Segundo a Unesp de Sorocaba, o professor Steven Frederick Durrant está na lista dos 2% dos cientistas mais influentes do mundo considerando toda a carreira, o que inclui somente 600 cientistas atuantes no Brasil.
Graduado em Física pela Universidade de Birmingham, Durrant é mestre em Física Médica e doutor em Espectrometria de Massa pela Universidade de Surrey, além de Livre Docente em Ciência e Tecnologia de Materiais pela Unesp. O pesquisador é autor de 109 artigos científicos e recebeu mais de 1.830 citações.
Atualmente é professor do Departamento de Engenharia de Controle e Automação da Unesp em Sorocaba, onde ministra aulas para o curso de graduação em Engenharia de Controle e Automação, e para o Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Materiais.
Na Unesp de Sorocaba desde 2004, o pesquisador já coordenou mais de 10 projetos científicos, orientou 13 alunos e atualmente orienta outros 6 estudantes em pesquisas de mestrado e doutorado. Sua atuação em termos de pesquisa científica diz respeito ao estudo de filmes finos amorfos de carbono hidrogenado, também contendo outros elementos como nitrogênio, flúor, oxigênio ou silício, depositados por plasmas de descargas luminescentes. “É gratificante saber que meus trabalhos são úteis para outros pesquisadores, mas deve ser destacado que o reconhecimento é referente ao conjunto de estudos feitos em colaboração com muitos pesquisadores, professores, alunos de graduação e de pós-graduação ao longo dos últimos 30 anos. Também devemos lembrar o apoio essencial das pesquisas por parte da própria Unesp, bem como de agências de fomento como o CNPq, Capes e Fapesp”, destaca.
Também na lista
O pesquisador Leonardo Fernandes Fraceto é professor do Departamento de Engenharia Ambiental. Crédito da foto: Divulgação / Unesp Sorocaba
O professor Leonardo Fernandes Fraceto também está na lista dos 2% dos cientistas mais influentes do mundo considerando o ano de 2019. Na lista estão no total 852 pesquisadores atuando no Brasil, em todas as áreas do conhecimento. Ele é autor de mais de 220 artigos científicos, que receberam mais de 7.780 citações, bem como possui o depósito de 14 patentes (2 cartas-patente e 1 patente licenciada).
Fraceto é bacharel e licenciado em química pela Unicamp, e mestre e doutor em Biologia Funcional e Molecular também pela Unicamp, além de Livre Docente em Química pela Unesp. É professor do Departamento de Engenharia Ambiental da Unesp de Sorocaba, onde ministra aulas para o curso de graduação em Engenharia Ambiental, para o Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, e para o Programa de Ciência e Tecnologia de Materiais.
O pesquisador está na Unesp de Sorocaba desde 2007, onde tem desenvolvido projetos de pesquisa financiados por agências de fomento e empresas, tendo formado 19 mestres e 15 doutores. Sua atuação em termos de pesquisa científica diz respeito ao uso da nanotecnologia associada a moléculas bioativas com potencial de aplicação em diversas áreas, em especial a agricultura.
A partir de seus estudos foi possível desenvolver diversas tecnologias para controle de pragas. Em um desses estudos, foi desenvolvido um nanoherbicida, à base de atrazina, que foi capaz de reduzir em 10 vezes a quantidade de herbicida para se ter a mesma resposta biológica, o que significa em diminuir a quantidade a ser utilizada de 2kg/hectare para 200 gramas/hectare, proporcionando assim uma diminuição potencial dos impactos ambientais deste herbicida no solo e na água. “Nós temos desenvolvido tecnologias que possam ser alternativas mais sustentáveis para controle de pragas. Por exemplo, trabalhamos com nanopesticidas e o objetivo é que possamos diminuir a quantidade de agrotóxico que são usados no campo para controle de pragas, e com isso diminuir os impactos ao ambiente e a saúde humana”, aponta Fraceto. (Ana Cláudia Martins)
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