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Professor defende planejamento adequado da cidade de Sorocaba

15 de Agosto de 2019 às 07:16
Ana Claudia Martins [email protected]

Professor defende planejamento adequado Paulo Celso: planejamento. Crédito da foto: Fábio Rogério (14/8/2019)

Para o doutor em Geografia Humana e professor da Universidade de Sorocaba (Uniso), Paulo Celso da Silva, o crescimento populacional menor é melhor do que um maior número de habitantes sem um planejamento adequado.

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“Quanto mais a cidade cresce maior é a necessidade de serviços públicos para atender o contingente populacional nas áreas de educação, saúde, lazer, cultura, emprego, transporte público, entre outros”, diz o professor.

Segundo ele, uma das explicações para o crescimento menor da população de Sorocaba nos últimos anos é a crise econômica e a recessão que atingiu todo o País e outras economias mundiais. Ele aponta ainda que os dados demográficos do IBGE são importantes para que os gestores públicos possam pensar políticas públicas para atender toda a população da cidade.

“Se a cidade cresce sem planejamento acaba prejudicando todos os moradores. Quanto mais longe a pessoa vai morar da área central, por exemplo, o custo dos serviços públicos acaba sendo mais caro para todo mundo. Fica mais caro para levar água tratada e esgoto para as áreas mais afastadas da cidade, conforme o município cresce. Por isso, sem planejamento o aumento da população quanto maior for, pior é para quem já reside na cidade e para quem chega”, destaca.

População da cidade triplica em 40 anos

De acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), Sorocaba passou de 175.677 habitantes em 1970 para 586.625 em 2010. Ou seja, o total de moradores da cidade cresceu mais do que três vezes. Em 1980, Sorocaba tinha uma população de 269.888 que aumentou em 1991 para 379.006 (não teve censo em 1990), e em 2000 subiu para 493.468 habitantes.

O IBGE aponta ainda que desde 1970 até 2010, a cidade sempre teve mais mulheres do que homens. Em 1970 eram 49,49% homens contra 50,51% mulheres; em 1980, 49,98% homens contra 50,42% mulheres; 1991, 49,39% homens contra 50,61% mulheres; 2000, 49,20% homens contra 50,80 mulheres, e em 2010 48,93% homens contra 51,07% mulheres. Os dados mostram que a partir de 2010 a diferença aumentou mais: eram 287.014 homens contra 299.611 mulheres. (Ana Cláudia Martins)