Cerca de 150 agricultores conseguirão dar destino à sua produção. Crédito da foto: Divulgação / Instituto Auá

Um total de 75 toneladas de alimentos, a maioria agroecológicos, produzidos por agricultores familiares em território da Mata Atlântica e transição com Cerrado, serão distribuídos esta semana para quatro mil famílias em situação de vulnerabilidade social durante a pandemia de Covid-19. A ação é resultado de uma parceria entre a Rede Solidária Sorocaba e o Instituto Auá, entidade criada há 23 anos que atua no fortalecimento da agricultura familiar no território da Mata Atlântica.

A distribuição das cestas, que começaram a ser montadas no domingo no Banco de Alimentos de Sorocaba, é feita pela agência Ecomercado, empreendimento do Instituo Auá, juntamente com a Fundação Banco do Brasil e outros parceiros.

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Segundo Francine Segawa e Melissa Branco, integrantes do Instituto Auá, Sorocaba tem se despontado nos últimos anos como um dos grandes centros de distribuição de alimentos orgânicos. “Feiras, grupos de entrega e uma enorme produção na região são os principais fatores responsáveis por isso”, comentam. “Em meio à pandemia, alguns produtores estão sem opções para escoar o seu alimento e, por outro lado, em muitas casas pessoas não têm o que comer”, detalham.

Segundo elas, a ação beneficiará diretamente 150 agricultores com produção em 22 municípios, abrangendo os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Os mantimentos serão entregues junto ao Mesa Brasil Sesc São Paulo, nos pontos de distribuição, que vão desde entidades assistenciais, Ongs e comunidades indígenas.

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Cada cesta é composta por arroz, feijão, mandioca, inhame, farinha de mandioca, farinha de milho, cúrcuma e gengibre, banana, abacate, composto lácteo e algumas frutas nativas da Mata Atlântica, como o cambucci, uvaia e a polpa do açaí Jussara. Apesar de essas frutas serem desconhecidas do grande público, os membros do Instituto Auá destacam que elas são riquíssimas em nutrientes e vitaminas, que colaboram e muito com a imunidade de quem as consome. (Felipe Shikama)