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Empresário que mandou matar a filha em SP é preso em Votorantim

13 de Dezembro de 2018 às 00:22

O empresário Renato Grembecky Archilla, 59 anos, condenado por mandar matar a filha em dezembro de 2001, foi preso na madrugada desta quarta-feira (12) em Votorantim. O caso ficou conhecido como “o crime do Papai Noel”, pois o policial militar contratado para o ataque realizou os disparos trajando as roupas do personagem natalino.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), o mandado de prisão foi decretado na terça-feira, após esgotadas as apelações, e foi cumprido pela Divisão de Vigilância e Capturas do Departamento de Capturas e Delegacias Especializadas (Decade). O autor foi encaminhado à carceragem do 77º Distrito Policial, na capital, onde aguardava transferência para unidade prisional.

O julgamento

O empresário foi considerado culpado por um júri em fevereiro de 2017, sendo condenado a 10 anos, 10 meses e 20 dias de reclusão. Entretanto, ele recorria em liberdade. De acordo com a acusação, Renato e seu pai Nicolau Archilla teriam contratado o policial militar José Benedito para matar a filha Renata Archilla. A moça, que sobreviveu ao ataque ocorrido quando tinha 21 anos, teria obtido o direito ao uso do nome do empresário na Justiça, sendo que haviam desentendimentos quanto aos seus direitos.

O crime ocorreu em São Paulo, no bairro Morumbi. O atirador usava fantasia de Papai Noel e distribuía balas aos motoristas na rua e, quando o carro de Renata se aproximou, ele efetuou os disparos. Em 2006, o ex-policial foi condenado a 13 anos de prisão e perdeu o cargo na corporação. Já Nicolau Archilla morreu antes do julgamento. A Secretaria de Segurança Pública não informou se o empresário residia em Votorantim, mas reportagens da época do crime relatam que José Benedito morava em Sorocaba e a família Archilla possuía haras e fazendas na cidade.