Preso 5º suspeito do avião com cocaína
A Polícia da Paraíba encontrou caixas com a droga dentro do avião. Crédito da foto: Divulgação / Polícia Militar da Paraíba
A Polícia Civil da Paraíba, que investiga o caso da aeronave que transportava 752 quilos de cocaína, informou, na tarde de ontem (10), que mais um homem foi preso por suspeita de envolvimento com a ação criminosa. Durante a operação da Polícia Militar, na tarde de quarta-feira (9), o piloto e copiloto do avião da empresa NHR Táxi Aéreo, de Sorocaba, foram presos com mais dois suspeitos na cidade de Catolé do Rocha, no sertão da Paraíba. Agora, a operação contabiliza cinco homens presos.
Conforme a Polícia Militar da Paraíba, a operação foi montada após um policial notar três veículos em atitude suspeita no aeroporto de Catolé do Rocha. Em seguida, a aeronave pousou. Os agentes interceptaram o avião e encontraram caixas com a droga ocupando a maior parte do avião. Os quatro suspeitos, sendo dois funcionários da empresa, residentes em São Paulo, um de Minas Gerais e outro do Estado do Rio de Janeiro foram presos. O último suspeito de envolvimento estaria esperando a carga no aeroporto. Todos têm idade entre 30 anos e 57 anos.
A suspeita inicial era de que o entorpecente teria sido carregado na Bahia. Entretanto, conforme o superintendente da Polícia Civil encarregado pelo caso, Silvio Rabello, a droga teria vindo da região metropolitana de São Paulo para ser distribuída por todo o estado paraibano e vizinhos, como Rio Grande do Norte e Ceará. A aeronave decolou do Aeroporto Internacional de Salvador.
NHR se defende
Ao jornal Cruzeiro do Sul, o advogado da NHR Táxi Aéreo, Dhyego Lima, afirmou que os dois funcionários da empresa, que tem sede em Sorocaba, não têm relação com o crime. Além disso, ele contestou a informação inicial da polícia paraibana, de que os bancos da aeronave foram retirados para acondicionar mais droga. Segundo ele, a aeronave, um Embraer modelo EMB-110P1, tinha autorização para transportar carga. “Não é que tiraram os bancos. Tinha autorização da ANAC para transporte de carga”, justificou ele.
Inicialmente, conforme a Polícia Militar, a nota fiscal da carga apontava produtos farmacêuticos. Entretanto, a NHR informou, ainda na quarta-feira (9), que a carga, em tese, seria de peças automotivas. Ontem (10), a Polícia Civil confirmou a alegação de que a nota fiscal tratava de peças. O advogado da transportadora ressaltou que os empregados não têm autorização para conferir o material transportado.
Lima negou a possibilidade do ato criminoso já ter sido cometido em outras ocasiões. “De forma alguma. Nunca teve um incidente como este. A empresa NHR Táxi Aéreo é uma empresa idônea que atua há mais de 20 anos”, contou. Ele ainda afirmou que a companhia irá provar sua inocência e de seus pilotos. O caso segue em investigação pela Polícia Civil da Paraíba. Os cinco suspeitos continuam presos. (Kally Momesso - programa de estágio / Supervisão: Cida Vida)
Nota da Redação: em situações como as relatadas nesta matéria, levando em consideração questões jurídicas e por ser um veículo responsável e sério, o Cruzeiro do Sul não publica, nem torna público o nome de suspeitos. Isso só pode ocorrer a partir do momento em que os personagens são indiciados, réus ou condenados.
Atualizada às 18h25, de 14 de dezembro de 2020, com a nota da Redação