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Prefeitura recua e mantém base atual do Samu

16 de Janeiro de 2021 às 03:27
Marcel Scinocca [email protected]

Decisão foi tomada ontem em reunião que contou com a presença de servidores do Samu. Crédito da foto: Marcel Scinocca (15/1/2021)

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), ao menos em parte, ficará na base atual, na Vila Angélica, na zona norte de Sorocaba. O recuo da Prefeitura de Sorocaba veio após mobilização dos funcionários e uma reunião ontem (15) à noite que contou com a presença do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos). Até a tarde, estava decidido que o local deixaria de ser base serviço e se transformaria em centro de retaguarda para pacientes com Covid-19, conforme antecipou, com exclusividade, a edição de ontem do Cruzeiro do Sul.

De acordo com o chefe do Executivo, o processo de descentralização, apoiado pelos profissionais do Samu, terá continuidade. Entretanto, há mudança nos moldes inicialmente imaginados. Com a nova situação, já definida durante a reunião, o Samu contará com quatro unidades, ao menos por enquanto. São as unidades do Hebert de Souza, na zona norte, no Éden, que fica no distrito industrial, no Cerrado, na zona oeste -- todos esses em conjunto com o Corpo de Bombeiros --, e, agora, contando com a base da Vila Angélica.

“Haverá descentralização. Nós vamos fazer nos próximos dias o evento de lançamento. Porém, essa será uma das unidades que fará parte desse corpo descentralizado. Esse prédio fará parte do conjunto”, garante o prefeito. “Esse prédio continua base da zona norte”, ressalta.

Manga também garantiu que haverá a reestruturação do Samu. “Nós vamos colocar toda a nossa força nisso. Segundo Manga, um dos maiores problemas do atendimento está no número e nas condições das ambulâncias. “Aumentando as ambulâncias e com a descentralização, a ideia é chegar mais rápido ao munícipe quando ele precisar dos profissionais do Samu”, comenta o prefeito ao defender a descentralização.

“Vamos discutir com eles, inclusive, a possibilidade desse ou de outros locais. A ideia é que a gente invista dinheiro de fonte 1 -- da Prefeitura de Sorocaba -- no que é nosso”, lembra o prefeito.

O presidente da Câmara de Sorocaba, Claudio de Sorocaba I (PL) participou da reunião. Durante o encontro, inclusive, o presidente do Legislativo sorocabano foi o primeiro a sugerir outro local para a unidade. Ele que teria articulado a reunião. O parlamentar chegou a sugerir outro local, na zona oeste da cidade, como o local de retaguarda. “Aqui o local é adequado. Foi construído junto com eles. Nós precisamos da descentralização, mas eles também precisam desse local de trabalho”, diz.

Durante a reunião, que tinha ao menos 30 servidores, alguns pontos foram levantados sobre a mudança de operação. Uma delas está ligada à lavagem das viaturas. Uma das servidores lembrou que os processos são diferentes. “Nossas viaturas têm sangue, secreções humanas. Não podemos lavar ambulâncias em calçadas”, argumenta.

A possibilidade de fazer do local, ponto de retaguarda contra a Covid, mesmo sendo base do Samu -- sugerida pelo secretário de Saúde, Vinícius Rodrigues -- foi rechaçada pelos servidores. Após a reunião, o titular da pasta comentou o fim do impasse.

“O que fica claro é que ninguém se opõe ao processo de descentralização. Eles tinham medo de perder essa base. O delimitador é que faremos a descentralização e manteremos aqui como a quarta base do Samu. Vamos procurar amanhã [hoje, 16] aonde vamos fazer esse centro de retaguarda da Covid”, afirma.

Conforme ele, visitas técnicas deverão ocorrer para definir a questão. “Vamos ver qual o outro que é possível. Em último caso, poderemos fazer em um barracão. Mas não é isso que queremos”, diz. (Marcel Scinocca)

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