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Prefeitura de Sorocaba prevê implantar contêineres subterrâneos no Centro

02 de Outubro de 2018 às 08:08
Marcel Scinocca [email protected]

Prefeitura prevê contêineres subterrâneos no Centro Audiência discute estudos sobre coleta de resíduos sólidos. Crédito da foto: Fábio Rogério

A Prefeitura de Sorocaba apresentou nesta segunda-feira (01) em audiência pública o resultado de estudos das novas diretrizes da coleta de resíduos sólidos da cidade. Entre os pontos abordados no material apresentado está a volta dos ecopontos e a implantação de contêineres subterrâneos na região central da cidade. O evento, que contou com a participação da comunidade e foi realizado no Centro de Referência de Educação, no Jardim Saira, é uma parte de todo o processo no que se refere aos resíduos sólidos. A parte final está relacionada à destinação final desses resíduos e deve ser divulgada em breve, conforme a Prefeitura.

O estudo tratou da gestão, modernização e manutenção do sistema de resíduos sólidos da cidade com investimento na modernização de equipamentos, capacitação de pessoal e campanhas ambientais, possibilitando o atendimento à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) e ao Plano Municipal de Saneamento. Além da coleta seletiva com contêineres, o projeto prevê a criação de duas centrais de triagens com capacidade mínima de 6 toneladas por hora cada. Essas centrais devem ser operadas por cooperativas. O projeto prevê também investimentos para a coleta seletiva de materiais volumosos. Há ainda a previsão de instalação, operação e manutenção de um sistema de britagem para tratar e beneficiar 210 toneladas de resíduos por hora.

Desativados recentemente, o projeto prevê a volta dos ecopontos: 23. Nos locais, deverão ser deixados, por exemplo, entulhos, móveis, colchões, eletrodomésticos, podas de árvores e itens que possam ser reciclados. O projeto ainda prevê a implantação de ao menos 12 contêineres subterrâneos em Sorocaba. Eles deverão ser construídos ou instalados na região central da cidade. Neles, serão depositados materiais orgânicos e recicláveis.

O investimento total, que viria da iniciativa privada, através das PPPs, gira em torno de R$ 331 milhões. A duração do contrato deverá ser de 25 anos. Com relação ao contrato atual, o estudo apresentado diz que a economia será de R$ 10 milhões por ano. Em 2017, a cidade gerou 177 mil toneladas de resíduos, quase 15 mil toneladas por mês. Desse total, quase metade é de resíduo orgânico e 15% correspondem a papel e papelão. Conforme exposto, cada habitante produz quase 1 quilo por resíduos por dia.

Implantação em março

A apresentação dos trabalhos foi feita por Mario Silverio, diretor-executivo da Companhia Paulista de Desenvolvimento, que realizou o estudo. O evento contou com a participação do prefeito José Crespo (DEM) e de vários secretários municipais, incluindo o de Saneamento Básico e Recursos Hídricos, Alceu Segamarchi. Este último falou do cronograma dos trabalhos, que prevê a publicação do edital em novembro, entrega das propostas em janeiro, julgamento e seleção em fevereiro e a assinatura do contrato em março. “Isso passa por um processo licitatório, cujo prazo a gente não controla totalmente, mas mesmo assim, dentro do primeiro semestre do ano que vem teremos o contrato”, diz. Conforme ele, vários contratos serão agregados, como a disposição final e a coleta de resíduos hospitalares.

Contrato com a Proactiva

Após o evento, Segamarchi comentou o porquê do novo contrato com a Proactiva, para gerenciar a destinação final dos resíduos sólidas de Sorocaba, ter custado cerca de 35% do contrato que vigorou até este ano. Ele atribui a redução de mais de R$ 10 milhões à competitividade. “Mercado. Isso significa que estamos sendo eficientes. A gente estimula que haja disputa. O que acontece é que preço cai mesmo.”