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Prefeito de Boituva é cassado pela Câmara dos Vereadores

19 de Fevereiro de 2019 às 23:55

Prefeito cassado de Boituva, Fernando Lopes da Silva (PSDB). Crédito da foto: Divulgação

A Câmara Municipal de Boituva cassou na noite desta terça-feira (19), por nove votos a quatro, o mandato do prefeito Fernando Lopes da Silva (PSDB) por improbidade administrativa. A cassação é resultado de uma Comissão Processante (CP) que investigou supostas irregularidades na contratação de empresa para a coleta de resíduos sólidos. Quem assume o posto é a vice-prefeita Maria Nasaré da Guia Azevedo (PC do B).

A Câmara de Boituva tem 13 vereadores e eram necessários, no mínimo, os nove votos obtidos para a cassação do mandato. Veja o vídeo!

https://youtu.be/krP2wMUGKi4

Durante a tarde, antes da realização da sessão da Câmara que cassou o mandato de Fernando Lopes da Silva, a assessoria de imprensa da Prefeitura de Boituva informou, em nota, que “o prefeito atua dentro da legalidade e de todos os procedimentos para melhor atender ao interesse público. No início da nova gestão em 2017, a Prefeitura de Boituva mantinha um contrato emergencial com a empresa Sanepav, e, em pesquisa de mercado, detectou-se que havia o mesmo serviço com custo menor. Portanto, foi aberto o processo de Concorrência 01/2017 que, em razão de decisão do TCESP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) e de mandado de segurança, somente se concluiu em 3 de janeiro de 2019. Durante este período foi necessário o contrato emergencial em razão do serviço essencial.”

"Recebido FDP"

A Câmara Municipal de Boituva entregou uma intimação ao prefeito Fernando Lopes da Silva na sexta-feira (15), referente ao relatório da Comissão Processante que resultou em sua cassação. O documento retornou aos funcionários da Câmara com a assinatura "Recebido FDP".

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As siglas causaram polêmica, surpresa e dúvida aos vereadores. Em outro documento há a expressão: “Recebemos com muito amor”, protocolado em 26 de novembro de 2018.

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A assessoria de comunicação da Prefeitura confirma a assinatura do prefeito, porém, afirma que Fernando não reconhece como sendo dele a sigla ao lado da expressão “recebido”. Afirma, ainda, não ter conhecimento delas nem o que poderiam significar.

O Legislativo informa que o documento foi entregue ao prefeito em 15 de fevereiro por duas pessoas: Rafael Kobota, assessor de comunicação da Câmara, e pelo secretário-geral, Luiz Carlos Paes Vieira. A secretária do prefeito recebeu o documento e o devolveu com a assinatura. Nem Câmara nem Prefeitura sabem informar como as siglas surgiram no final do protocolo. (Da Redação)

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