Prédio improvisado para CEI preocupa pais no bairro Aparecidinha
Crianças têm aulas no prédio Centro Pastoral de Aparecidinha. Crédito da foto: Emidio Marques
As aulas dos 167 estudantes do Centro de Educação Infantil (CEI -113), no bairro Aparecidinha, estão ocorrendo em um imóvel histórico do Centro Pastoral da paróquia de Nossa Senhora Aparecida. De acordo com a Prefeitura de Sorocaba, a mudança será temporária enquanto é construída uma nova escola, com quadra coberta, no terreno em que até a semana passada funcionava o CEI-113 no mesmo bairro. Para as famílias, entretanto, há alguns problemas com o local escolhido para as aulas neste período.
As janelas compridas e em altura baixa do casarão seriam uma das preocupações dos pais, que temem a possibilidade das crianças saírem ou de alguém entrar na unidade. A reportagem presenciou, na manhã de quarta-feira (8), que barreiras eram improvisadas nas janelas utilizando peças de tapetes de EVA, mas os objetos caíam e eram recolocados por funcionários. Dois guardas civis municipais, e uma viatura da GCM, estavam na frente da unidade. As aulas no local estariam ocorrendo desde o último dia 2, sendo que a unidade atende em período parcial, durante a manhã.
“As janelas são viradas para a rua”, conta Jéssica da Silva Dias, mãe de uma aluna, que relata ainda problemas como a pouca quantidade de bebedouros. As janelas também são uma preocupação para a mãe de aluno, Jéssica Pelechati. Ela avalia, porém, que esforços foram feitos para acomodar as crianças.
“Tentaram deixar o mais aconchegante possível, mas o espaço para eles é pequeno”, diz. Para um pai de aluno, o ideal é que a permanência no local seja curta. “Quanto mais breve melhor, pois voltará nossa rotina normal”, afirma Bruno de Jesus.
Segundo a Prefeitura de Sorocaba, as obras da nova escola têm previsão estimada de término para setembro de 2019 e custarão R$ 3.798.446,11. De acordo com o Município, a construção de uma escola com quadra coberta possibilitará a ampliação do atendimento, estimando a criação de 11 salas para receber 660 crianças.
A Prefeitura argumenta que seria impossível realizar uma construção desta magnitude apenas durante o período de férias. Quanto às condições do casarão, que segundo o Município foi emprestado sem custos, diz que as adaptações já estão sendo feitas.
De acordo com a Prefeitura, o local recebeu ventiladores de coluna -- pois não seria possível a instalação nas paredes devido ao tombamento do prédio -- painéis móveis, playground de plástico (removível), materiais pedagógicos, livros, além de todo mobiliário como mesas e carteiras para as crianças e funcionários. (Priscila Fernandes)