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Polícia prende homem condenado por extorsão e agiotagem na Operação Alquimia

20 de Outubro de 2020 às 19:34

Justiça condena membros de quadrilha desarticulada pela Operação Alquimia A Operação Alquimia foi deflagrada em 2018, em Sorocaba. Crédito da foto: Arquivo/ Divulgação Dise

Mais um integrante da quadrilha indiciada por extorsão e agiotagem na Operação Alquimia, deflagrada em 2018, em Sorocaba, foi preso nesta terça-feira (20). O homem estava foragido desde julho deste ano, quanto foi condenado.

A prisão foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio da Polícia Rodoviária e da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic).

Segundo o delegado Rodrigo Ayres, da Deic, o indiciado foi capturado em um condomínio na zona norte da cidade, durante a tarde. Ainda conforme Ayres, a residência era de um parente do acusado e usada como esconderijo. A polícia o localizou após uma denúncia anônima sobre o endereço dele.

A maior parte das armas apreendidas na operação foi localizada na casa desse homem, afirma o delegado. Ele foi condenado a 35 anos de prisão.

O acusado foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba. Além dele, somente o líder do grupo e mais dois integrantes foram presos, até o momento. Sendo assim, dos nove membros da quadrilha, seis continuam foragidos. A polícia segue com as investigações, para tentar localizá-los.

Operação Alquimia

A Operação Alquimia foi deflagrada pela Polícia Civil e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público (MP), em 16 de maio de 2018. Na ocasião, foi desarticulada uma quadrilha que realizava crimes como agiotagem, extorsões, movimentações financeiras ilegais, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro na cidade. Segundo as autoridades, o grupo teria movimentado R$ 118 milhões em diversas contas bancárias.

No decorrer da operação, 18 vítimas foram identificadas. O esquema funcionava com empréstimos feitos de forma criminosa, sendo o custo efetivo da operação financeira muitas vezes maior que o valor emprestado. A cobrança ocorria de forma ilegal, com uso de arma de fogo e agressão.

O grupo era liderado por um homem, à época, com 54 anos, e seu filho, de 32 anos. Eles foram condenados a 97 e 73 anos de prisão, respectivamente. Os outros sete integrantes do grupo também foram indiciados. Somadas, todas as penas chegam a 426 anos.

Os altos valores seriam, segundo as investigações, "lavados" por meio da aquisição de veículos (alguns modelos de luxo), embarcações, imóveis e outros investimentos em construção civil. As apreensões incluíram, justamente, casas, iates e diversos automóveis de luxo, como Ford Mustang, Chevrolet Camaro e Land Rover Evoque. No total, 18 carros foram apreendidos. De acordo com Ayres, o chefe da quadrilha tinha uma conta de previdência privada que acumulava R$ 11 milhões. Essa foi uma das contas que foram bloqueadas.

Na ação, mais de 70 policiais, comandados por sete delegados, foram às ruas para o cumprimento de 23 mandados de busca e oito de prisão expedidos pela Justiça. As investigações foram iniciadas em 2016. (Da Redação)