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Polícia prende 7 integrantes de 'tribunal do crime' em Sorocaba

04 de Março de 2021 às 13:44
Vinicius Camargo [email protected]

Na ação, a polícia apreendeu dois carros de luxo, sendo uma BMW e um Hyundai Santa Fé. Crédito da foto: Divulgação/ Polícia Civil

A Polícia Civil de Sorocaba prendeu temporariamente sete pessoas investigadas por participação no chamado "tribunal do crime". As prisões foram efetuadas na manhã desta quinta-feira (5), pela Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic), por meio da Delegacia de Homicídios. A quadrilha teria matado dois homens.

Segundo a delegada Luciane Bachir, da Deic, responsável pelas investigações, foram cumpridos oito mandados de busca e apreensão, além de sete de prisão temporária. Os alvos foram endereços residenciais e de locais usados pelo bando como cativeiros, em diversas regiões da cidade, sendo a maior parte na zona norte. Ainda conforme Luciane, todos os presos são homens, com idades entre 23 e 40 anos. Eles atuariam junto com uma organização criminosa.

Um deles é considerado o "juiz" dos "tribunais" -- o responsável por "julgar" e determinar a execução das vítimas.

A polícia também apreendeu vários celulares e veículos de luxo, como uma BMW e um Hyundai Santa Fé.

 Investigações

De acordo com a delegada, as investigações começaram há aproximadamente um mês. A apuração foi iniciada após o encontro do corpo de um homem no bairro Vitória Régia, no dia 1º de fevereiro. Até então, ele era considerado desaparecido. 

No mesmo dia, outra vítima, também do sexo masculino, foi achada no mesmo local. Ambos foram encontrados enterrados em covas abertas em uma área de mata, em estado de decomposição. As valas onde os corpos foram localizados ficavam a cerca de 400 metros de distância uma da outra.

Após a descoberta, afirma Luciane, a polícia suspeitou de que a área seria usada por integrantes de um "tribunal do crime" para a desova de pessoas assassinadas pela quadrilha.

Durante os trabalhos, os investigadores confirmaram que os homens encontrados enterrados foram mortos pelos membros do grupo. Eles ainda conseguiram descobrir as identidades dos autores dos homicídios e prendê-los. As duas vítimas identificadas até então faziam parte de bandos rivais e foram assassinadas por esse motivo, detalha Luciane.

As investigações prosseguem, para tentar identificar possíveis demais membros do "tribunal", bem como outras prováveis vítimas. "É uma investigação bem complexa e difícil de se fazer, devido à organização desse tipo de crime", enfatiza a delegada. (Vinicius Camargo)