PMs treinaram com fuzis e metralhadoras do Exército. Crédito da foto: J. Serafim / Divulgação

O governo paulista está em processo de licitação internacional para a compra de armamento para a Polícia Militar. Atualmente, os processos de aquisição de armas para a PM somam R$ 108,9 milhões. Além das 40 mil pistolas calibre .40, estão em andamento as compras de 1 mil fuzis calibre .762, 300 fuzis calibre .556, dois fuzis de precisão, 10 metralhadoras leves, 500 escudos balísticos, 1 mil armas de incapacitação neuromuscular e 5.500 coletes balísticos.

A licitação está sendo divulgada em outros países e tem previsão de publicação no Diário Oficial do Estado em 10 de julho, com a assinatura do contrato em novembro.

Desde 2018 a Polícia Militar já recebeu 6.250 pistolas Glock .40 e, em janeiro deste ano, foi autorizada o uso de espingardas calibre 12 em todas as viaturas de radiopatrulha do Estado. Ao todo, cinco mil armas desse tipo foram incorporadas no policiamento, aumentando o poder de reação dos policiais e a segurança da população.

Segundo o Secretário da Segurança Pública, General João Camilo Pires de Campos, “Estes investimentos são focados em cima da logística. Não há operação policial sem uma base logística forte e competente. Por isso estamos empreendendo esforços para que possamos melhorar as condições, dando qualidade, efetividade operacional e suporte administrativo”.

Metralhadora 7.62 é semelhante à FN Minimi, do Exército e FAB. Crédito da foto: Exército / Divulgação

As metralhadoras que a PM deseja comprar serão usadas para a proteção de presídios e o combate a ataques a carros-fortes e empresas de transporte de valores. Segundo o secretário-executivo da PM junto à Secretaria de Segurança Pública, coronel Álvaro Camilo, “Não há restrição do Exército para a PM comprar metralhadora. Então, por que a PM não comprou mais metralhadora? Porque não é uma arma comum, que você precisa para ser utilizada a todo momento. Em tese, metralhadora é para dar rajada. Para você comprar metralhadora e usar como intermitente, está perdendo, porque ela é mais cara. Melhor você comprar um fuzil”, explica Camilo.

Entre os modelos de metralhadoras leves que poderão participar da concorrência, cuja previsão de publicação é agosto, estão alguns modelos preferidos pelos policiais paulistas, como a FN Minimi (utilizada pelas Forças Armadas brasileiras), a M249, a Heckler & Koch MG4 e a Negev NG7. A PM já realizou treinamento com fuzis e metralhadoras em quartéis do Exército. (Da Redação)