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Polícia fecha fábrica clandestina com 'delivery' de bebidas em Sorocaba

16 de Julho de 2020 às 15:59
Jomar Bellini [email protected]

Polícia fechou fábrica clandestina de bebidas no Jardim Nova Esperança. Crédito da foto: Divulgação / Polícia Civil (16/07/2020)

 

A Polícia Civil fechou uma fábrica clandestina de whisky na manhã desta quinta-feira (16) no Jardim Nova Esperança, zona oeste de Sorocaba. A adulteração era realizada em uma casa nos fundos de uma adega, que vendia a bebida via delivery. Um homem de 23 anos foi preso.

A adulteração foi comprovada por técnicos da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), que utilizaram um equipamento para comparar os líquidos que estavam nas garrafas com amostras de bebidas originais. “Ele misturava açúcar, essências e corantes em um coquetel alcoólico e vendia com rótulos de marcas caras no mercado”, explica o delegado titular do 4º Distrito Policial, André Moron.

Cerca de 140 garrafas foram encontradas com a bebida pronta para a venda. Também foram apreendidos materiais usados na falsificação como garrafas vazias, caixas de papelão, rótulos e selos falsificados, dosadores, lacres e caixas com o coquetel alcoólico. Todo o material apreendido será analisado pelo Instituto de Criminalística (IC) antes de ser destruído.

De acordo com Moron, a venda dos produtos adulterados funcionava 24 horas por dia. “O movimento era constante principalmente pela quantidade de garrafas e elementos usados na falsificação. A rotatividade do produto era muito alta. É uma situação de alto risco para quem consome, por se tratar de uma bebida nociva à saúde”, afirma.

No local a polícia também encontrou dois funcionários, que foram ouvidos e liberados. Um deles era um adolescente de 16 anos, responsável por atender as ligações com os pedidos. O segundo é um homem que trabalhava como motoboy, realizando a entrega das bebidas. Os dois afirmaram que não sabiam que essas adulterações eram realizadas no fundo na adega. A investigação apontou que as garrafas também eram vendidas em aplicativos de celular e distribuídas em bailes funk realizados na zona norte da cidade.

O homem foi preso em flagrante pela falsificação e por adulterar produto alimentício destinado a consumo, tornando-o nocivo à saúde. A ação também foi enquadrada como crime a ordem tributária, já que não recolhia os tributos relacionados a venda das bebidas. Segundo a polícia, a fábrica clandestina foi interditada. As investigações continuam para identificar os fornecedores e demais envolvidos na falsificação. (Jomar Bellini)

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