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Polícia cumpre reintegração de posse em área na Itavuvu, em Sorocaba

29 de Novembro de 2018 às 09:41

Casas construídas na área foram derrubadas. Crédito da foto: Fábio Rogério

*Atualizada às 12h28

Um total de 100 moradias passou, na manhã desta quinta-feira (29), por reintegração de posse em área localizada na avenida Itavuvu, 6.050. A operação, cumprida para atender ação judicial expedida, teve início por volta das 6h. Não foi informada a quantidade de pessoas que habitavam o local. Do total de casas, 60 eram de alvenaria e 40 de madeira. A reintegração envolveu 130 policiais, com apoio do helicóptero águia da Polícia Militar e policiamento ambiental. Além disso, houve participação de homens da Guarda Civil Municipal (GCM) e Corpo de Bombeiros, além de representantes da Secretaria de Igualdade e Assistência Social (Sias) da Prefeitura de Sorocaba, Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Companhia Piratininga de Força e Luz (CPFL) e Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).

Uma outra área na mesma região já havia passado por reintegração de posse em março deste ano, em decisão do juiz Márcio Ferraz Nunes, da 3ª Vara Civil de Sorocaba. À época, os proprietários da área, denominada Fazenda São Pedro, afirmaram que a invasão ocorreu no dia 10 de janeiro deste ano e que uma saída amigável das pessoas foi tentada, sem sucesso. Na ocasião, os donos informaram que o terreno tem título público devidamente registrado em cartório, com todos os impostos quitados. "Não restou alternativa aos proprietários se não acionar a justiça solicitando a reintegração de posse da área, evitando o crescimento habitacional desordenado de Sorocaba. Todas essas informações constam no processo, na 3ª Vara Cível, no Fórum de Sorocaba", dizia texto distribuído à imprensa.

Famílias

O jovem Jonathan Willian Gomes, 19, morava na área há pelo menos um ano. Diz que não sabia que a reintegração de posse seria nesta quinta. “Fui pego de surpresa, com a polícia já dentro de casa pedindo para eu sair”, conta ele, que não tem local definido para ficar. “Vamos ver o que vai acontecer, o que dá para fazer daqui para a frente”, emenda.

A dona de casa Aline Talita de Souza, 31, também estava com uma casa de alvenaria construída na área. Ela, ao contrário de Jonathan, conseguirá ir para a moradia de um tio no bairro Ana Paula Eleutério, o Habiteto, próximo àquela região. “Não fui pega de surpresa, eu sabia (da reintegração), mas esperava um milagre nesse último dia”, afirma. Conforme explicou, não havia muito o que tirar da casa. “Eu não tinha muitas coisas, foi mais tirar algumas roupas, a televisão e o botijão de gás.”

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