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Polícia Civil de Sorocaba deve interrogar o suspeito pela morte de estudante

31 de Maio de 2019 às 09:21

Paulo Cesar Manoel é acusado pelo homicídio da estudante Rafaela de Campos. Crédito da foto: Reprodução / Polícia Militar

A Polícia Civil de Sorocaba deve interrogar Paulo Cesar Manoel, suspeito pelo homicídio da estudante Rafaela de Campos. Não há previsão de quando isso pode ocorrer. Ele foi preso na Vila Maria, no final da tarde de quinta-feira (30), na área do 19º Distrito Policial, em São Paulo, Capital.

Manoel está detido na cadeia transitória do 72º Distrito Policial, em São Paulo, e será reconduzido à Penitenciária Antonio Souza Neto, em Aparecidinha. O Cruzeiro do Sul entrou em contato com um funcionário do distrito policial na Capital paulista e foi informado que não há uma data para a transferência do acusado para Sorocaba. Segundo a titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Sorocaba, Luciane Bachir, a transferência para a penitenciária de origem é da administração penitenciária.

De acordo com a delegada, Manoel não havia voltado da saidinha do Dia das Mães para a penitenciária onde cumpria pena. Eles informaram que o suspeito usava tornozeleira e rompeu o equipamento na manhã de segunda-feira (27), dia seguinte ao crime, e desde então estava foragido.

Em entrevista coletiva na tarde de quinta-feira (30), na DIG, a Polícia Civil apontou Manoel como o suposto responsável pela morte da estudante Rafaela de Campos, de 19 anos, no último domingo (26), em Sorocaba. Com antecedentes de vários roubos, furtos e estupros, ele também passou por penitenciárias de Iaras, Presidente Venceslau e pelo CDP Pinheiros da capital. Já havia sido beneficiado com saidinha de Páscoa e no dia do crime cumpria outro benefício como saidinha do Dia das Mães.

O delegado seccional de Polícia, Marcelo Carriel, e a delegada titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Luciane Bachir. Crédito da Foto: Divulgação (30/5/2019)

O titular da Delegacia Seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, protestou contra a circunstância do benefício concedido ao investigado e o crime que vitimou a estudante. “Fica difícil desse jeito. Ele praticou roubos, furtos e estupro e estava na rua. O processo penal no Brasil precisa mudar. É revoltante esse tipo de coisa. Ele cometeu (crimes), a polícia investigou, foi sentenciado, condenado, se forem somadas as penas de roubos e estupros são 25 anos de prisão, fora os processos a que ele está respondendo ainda, e ele foi beneficiado com uma saída do Dia das Mães que está há mais de 100 quilômetros de distância. Precisa repensar esse tipo de coisa.”

Prisão

De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 19º Distrito Policial, em São Paulo, Manoel foi localizado por policiais militares na rua Curuçá, na Vila Maria, por volta das 17h40, quando estavam em patrulhamento. Suspeitaram da atitude do acusado pela morte da estudante e abordaram-no, constatando-se, então, que se tratava de foragido e que Manoel estava indiciado pela Polícia Civil de Sorocaba pela morte de Rafaela no domingo.

O caso

Rafaela desapareceu no domingo (26) após prestar vestibular, no centro de Sorocaba. Ela foi encontrada morta na tarde de segunda-feira (27), no rio Sorocaba, próximo à ponte Francisco Dell’Osso.

Conforme o relato de familiares à Polícia Civil, Rafaela saiu de casa, em Votorantim, e seguiu para Sorocaba onde prestou o vestibular em uma faculdade da região central. Ela teria deixado o local por volta das 18h20 e parado de responder mensagens às 20h25.

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Como a jovem não voltou para casa, familiares entraram em contato com a polícia e registraram o desaparecimento. O corpo foi avistado por pedestres e retirado do rio por equipes do Corpo de Bombeiros.

Depoimento

A Polícia Militar de São Paulo divulgou um vídeo com uma declaração de Paulo Cesar Manoel. Em 33 segundos de gravação, o suspeito nega ter assassinado a estudante.

https://www.youtube.com/watch?v=EJONqCwowNA&feature=youtu.be