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PF faz operação contra fraudes no auxílio emergencial em Tatuí e Boituva

16 de Abril de 2021 às 08:37

Operação Botter cumpre mandados em Tatuí, Boituva, Paulínia e São Paulo. Crédito da Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta sexta-feira (16) duas operações para desarticular uma organização criminosa no interior de São Paulo especializada em fraudes no auxílio emergencial.

Na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), os mandados estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão Tatuí e um em Boituva, dentro da operação Botter. A ação também cumpre três ordens judiciais Paulínia e uma em São Paulo.

Além disso, a PF também cumpre um mandado de prisão preventiva contra indivíduo que teria fraudado 170 auxílios emergenciais durante a primeira rodada do programa em 2020, com prejuízo total já confirmado de R$ 435 mil.

Na região de Campinas, a PF realiza a segunda operação, chamada Lotter, com oito mandados em Paulínio e Sumaré. Segundo apurado, a organização criminosa envolve, no mínimo, oito pessoas e utilizava programas de computadores para invadir a conta dos beneficiários, transferindo o dinheiro para contas dos criminosos por meio do pagamento de boletos gerados em site de sistema de pagamentos ou por meio de transações eletrônicas.

Durante as investigações, a polícia identificou o furto de mais de R$ 135 mil, o que indica um mínimo de 225 famílias lesadas.

Os mandados foram expedidos pela nona vara federal em Campinas e pela primeira vara federal em Sorocaba.

Pena pode chegar a 30 anos

Os nomes das duas operações decorrem do modo eletrônico utilizado pelos criminosos para fraudar as contas. Enquanto lotter refere-se a usuários que se utilizam da internet para enganar os outros, aproveitando-se da boa-fé ou fragilidade de terceiros, botters são usuários que operam bots (robôs).

O objetivo das buscas é recolher documentos e equipamentos e dispositivos eletrônicos utilizados pela associação criminosa, tanto para compor o quadro de provas dos crimes já identificados como para impedir que iniciassem uma nova rodada de furtos a partir do pagamento de novos parcelas do benefício.

Além dessas medidas, também estão sendo executados sequestros e bloqueios de contas para garantir a recomposição dos danos causados.

Os envolvidos responderão pelos crimes de furto mediante fraude, estelionato, falsidade ideológica e formação de organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a quase 30 anos de prisão.

Investigação integrada

As duas operações são resultado do trabalho da Estratégia Integrada de Atuação contra as Fraudes ao Auxílio Emergencial (EIAFAE), que reúne Polícia Federal, Ministério Público Federal, Ministério da Cidadania, CAIXA, Receita Federal, Controladoria-Geral da União e Tribunal de Contas da União. Os objetivos da atuação conjunta e estratégica são a identificação de fraudes massivas e a desarticulação de organizações criminosas que atuam causando prejuízos aos programas assistenciais.

Com informações oriundas do órgão central da Polícia Federal em Brasília responsável pelo processamento de dados das fraudes e cooperação da Delegacia Regional de Investigação e Repressão ao Crime Organizado em São Paulo, as investigações chegaram simultaneamente a braços diferentes da organização criminosa, identificando investigados que estão entre os maiores fraudadores já detectados do Auxílio Emergencial. (Da Redação, com informações da PF)