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Pesquisadores de Campinas testam medicamentos

29 de Março de 2020 às 00:01

Pesquisadores de Campinas testam medicamentos Crédito da foto: Pxhere

Um grupo de pesquisadores do Laboratório Nacional de Biociências do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (LNBio-CNPEM), em Campinas, está buscando um novo tratamento para a Covid-19. A estratégia, conhecida como reposicionamento de fármacos, consiste em testar a ação antiviral de drogas já disponíveis no mercado para outras doenças.

Os cinco primeiros fármacos selecionados têm como alvo uma das proteases do vírus, enzima essencial em seu ciclo de vida. Posteriormente, o grupo vai testar outros fármacos em mais quatro alvos moleculares com diversas funções no novo coronavírus. O grupo integra uma rede criada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), que articula pesquisas sobre coronavírus em vários laboratórios pelo Brasil, de modo a encontrar soluções para a pandemia. Alguns dos pesquisadores envolvidos atuam em projetos financiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

“Na RedeVírus MCTIC, cada grupo participante tem uma missão. A nossa é o reposicionamento de fármacos”, diz Daniela Barretto Barbosa Trivella, coordenadora científica do LNBio e uma das pesquisadoras envolvidas no estudo, à Agência Fapesp.

“Um medicamento novo pode demorar até 15 anos para chegar ao mercado. Por isso, optamos por essa estratégia, que é a melhor opção no curto prazo. A ideia é usar fármacos já aprovados para uma determinada doença no tratamento de outra”, salienta Eduardo Pagani, gestor de fármacos do LNBio, à Agência Fapesp.

O pesquisador explica que a vantagem dessa estratégia é que, se forem encontrados fármacos com potencial para tratar a Covid-19, a eficácia de seu uso no combate à enfermidade poderá ser testada diretamente nos doentes, uma vez que os órgãos reguladores, como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), já possuem todas as informações de segurança dessas drogas, já testadas em humanos antes de entrarem no mercado. (Da Redação, com informações do Governo de SP)