Penitenciária suspende visitas após surto de Covid-19 entre presos
CDP de Capela do Alto confirmou 24 casos de Covid-19 entre os detentos. Crédito da foto: Guilherme Lara Campos / A2 Fotografia
A penitenciária de Capela do Alto, na Região Metropolitana de Sorocaba, suspendeu as visitas a presos por conta de um surto de Covid-19. Ao todo, 24 detentos testaram positivo para o novo coronavírus nesta semana. Quatro pavilhões foram isolados para tentar conter a proliferação de casos.
Os exames que confirmaram os casos foram realizados entre os dias 29 de janeiro e 1º de fevereiro. Segundo informado pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP) nesta sexta-feira (5), 88 detentos estão com suspeita da doença. Eles aguardam o resultado de exames.
A penitenciária em Capela do Alto abriga condenados em regime fechado. Com capacidade para 847 detentos, o prédio opera com 1.692 presos - quase o dobro do que poderia alojar.
Não há casos entre os funcionários na unidade em Capela do Alto, segundo a secretaria. Entretanto, o Sindicato dos Funcionários do Sistema Prisional do Estado de São Paulo (Sifuspesp) informou que eles ainda não foram testados. A SAP não respondeu sobre o prazo para testagem do servidores.
Em todo o Estado, foram registradas 35 mortes por coronavírus dentro de unidades prisionais. A taxa de letalidade é de 0,30%. Atualmente, 318 presos estão em isolamento por suspeita da doença, segundo o último boletim divulgado pela SAP na quinta-feira (4).
Desde o começo da pandemia, já são 1.182 detentos com confirmação via exame PCR e 10.568 casos positivados com teste rápido. 84 casos estão em tratamento e 11.666 estão recuperados (taxa de 98,7%).
Entre os servidores foram 36 óbitos (taxa de letalidade em 1,4%), 1.586 confirmações com PCR, 947 positivados via teste rápido. 56 deles estão em tratamentos e 2.477 recuperados.
Em nota, a SAP informou que "atua diuturnamente na atenção à saúde dos presos, o que passou a ser intensificado durante a pandemia do novo coronavírus. A pasta distribuiu cerca de 3,4 milhões de máscaras, entre outros Equipamentos de Proteção Individual, além de ampliação na distribuição de produtos de higiene, tanto para limpeza das celas quanto para uso pessoal. Todos os custodiados foram e continuam sendo orientados sobre o uso correto de máscaras de proteção, tanto verbalmente como por meio da afixação de cartazes e distribuição de panfletos". (Jomar Bellini)