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Pedido de habeas corpus da defesa de Carlos Aymar é negado pelo STJ

13 de Dezembro de 2019 às 15:44

Após ser preso, ex-prefeito de Araçariguama chega à delegacia de Sorocaba Carlos Aymar chega à sede da DIG de Sorocaba acompanhado por policiais civis. Crédito da foto: Fábio Rogério (14/10/2019)

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de habeas corpus feito pela defesa do ex-prefeito de Araçariguama, Carlos Aymar. Ele está preso, preventivamente, desde 15 de outubro.

O pedido foi feito junto ao STJ, em forma de liminar, pelos advogados Mauro Atui Neto e Luiz Pires Moraes Neto. Ele foi negado pelo ministro Sebastião Reis Júnior. O advogado Mauro Atui Neto disse que irá recorrer da decisão do STJ no Supremo Tribunal Federal (STF).

O ex-prefeito de Araçariguama, Carlos Aymar, e o secretário municipal da cidade, Israel Pereira da Silva, tiveram a prisão preventiva decretada pela Justiça em outubro deste ano. A dupla foi presa em flagrante acusada de concussão e associação criminosa, e também tinha a prisão temporária decretada.

Segundo a Polícia Civil, na ocasião, Aymar foi preso após receber uma das parcelas da propina combinada com uma cooperativa habitacional. A entidade construiria moradias popular na cidade.

Já Israel foi detido ao chegar à Prefeitura de Araçariguama. Ele é acusado de participar do esquema.

O ex- prefeito foi encaminhado para a penitenciária 2 Dr. Antonio de Souza Netto. Já o secretário foi levado para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Sorocaba. Ambos ficam no bairro Aparecidinha. A defesa de Carlos Aymar havia informado que entraria com pedido de habeas corpus para derrubar a decisão, que considera “injusta”

Investigação

Segundo o então titular da Delegacia Seccional de Sorocaba, Marcelo Carriel, a investigação sobre o caso começou há pelo menos quatro meses. O total da cobrança era de R$ 2 milhões. As parcelas, conforme acertado entre a pessoa responsável pela cooperativa, era de R$ 50 mil por mês.

Ainda de acordo com o ex-delegado seccional, R$ 14 mil foram apreendidos em um armário. Era o sinal do acordo. A entrega dos valores ocorreu na sala de Aymar, dentro da Prefeitura de Araçariguama.

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Aymar não era funcionário da Prefeitura de Araçariguama, mas tinha até sala no local, conforme apontou a Polícia Civil. “Ele não tem uma secretaria, ele não é nomeado. Se equipara a servidor público porque tinha poder de mando”, disse Carriel.

Já o secretário Israel Pereira foi preso quando chegava ao Paço Municipal. Pereira compareceu à Delegacia de Investigações Gerais (DIG) algemado.

Conforme o delegado Rodrigo Ayres, ele estava foragido antes da prisão. Todo o processo de negociação foi acompanhado pela Polícia Civil. As notas foram “marcadas” para comprovar o crime. (Ana Cláudia Martins)