Pesquisador José Rubens Incao compartilha as curiosidades sorocabanas com o grupo. Crédito da foto: Erick Pinheiro

As histórias que envolvem a praça Frei Baraúna, no centro de Sorocaba, e seu entorno foram compartilhadas com um grupo de cerca de 30 pessoas que participou na tarde deste sábado (29) de mais uma edição do projeto Passeios Culturais, realizado pela Secretaria da Cultura (Secult) e Biblioteca Infantil “Renato Sêneca de Sá Fleury”.

Conduzido pelo pesquisador José Rubens Incao, o passeio destacou a história, os costumes, as transformações e as curiosidades da praça Frei Baraúna e de ruas, praças e imóveis da vizinhança, como o Mirante Ondina, na rua Cesário Mota. Diante do histórico prédio que sediou a Oficina Cultural Grande Otelo, Incao comentou que no local, até meados do século 19, ocorriam as chamadas “cavalhadas”, evento de origem portuguesa medieval na qual os participantes desfilavam com cavalos e lanças. “Quando Dom João VI se tornou rei, um grupo de cavalhada daqui de Sorocaba foi até o Rio de Janeiro para homenageá-lo. Brigadeiro Tobias de Aguiar, que era o homem mais rico da cidade, não foi mas patrocinou a excursão”, disse.

Casarão da rua Cesário Mota, conhecido como Mirante Ondina, fez parte do passeio. Crédito da foto: Luiz Setti / Arquivo JCS (15/11/2013)

Incao lembrou que na década de 1930 o então prefeito Augusto César do Nascimento Filho transformou a praça, já urbanizada, no Jardim dos Bichos, que continha jaulas de animais selvagens e jacarés em lago depois aterrado. “No centro da praça tinha uma figueira enorme onde viviam bichos preguiças. Havia também um coreto, onde as bandas da cidade se apresentavam. A melhor delas era a Banda dos Pretos, do maestro Dimas de Melo”, detalhou. Incao ainda revelou ao grupo que havia uma série de nascentes na rua Voluntários de Sorocaba e destacou a arquitetura barroca portuguesa do antigo grupo escolar Antônio Padilha. (Felipe Shikama)