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Paralisação prejudica usuários de ônibus em Sorocaba

11 de Agosto de 2018 às 13:04
Ana Claudia Martins [email protected]

paralisação-ônibus-sorocaba Terminal Santo Antônio fica vazio nas primeiras horas da manhã. Ônibus começaram a sair dali só depois das 9h. Crédito da foto: Fabio Rogério

Os dois terminais de ônibus de Sorocaba amanheceram vazios e fechados por conta da paralisação do transporte coletivo urbano, que ocorreu ontem, das 0h às 8h, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sorocaba e Região. Segundo estimativa da Urbes, empresa responsável pelo transporte urbano na cidade, um total de 44 mil passageiros foram afetados.

Foi o caso do vigilante Alex Sandro Ribeiro, 41 anos, que andou cerca de uma hora e meia do bairro Paineiras até o Terminal Santo Antônio para pegar o ônibus fretado da empresa até a cidade de São Roque, onde ele trabalha. Alex disse que geralmente pega o ônibus próximo à casa dele no bairro e vai até o terminal, mas nesta manhã teve que ir a pé por conta da paralisação.

Já a doméstica Sidneia de Barros, 51 anos, chegou ao terminal e ficou surpresa pelo fato do local estar fechado e vazio. Ela disse que não sabia da paralisação e que por causa disso chegaria atrasada ao trabalho, já que foi forçada a esperar os ônibus voltarem a circular. “Estava muito frio cedo e se eu soubesse que não ia ter ônibus cedo teria ficado dormindo até mais tarde”, reclama.

Sorocaba conta com 108 linhas de ônibus e transporta por dia 160 mil passageiros. Como os casos de Alex e Sidneia, diante da paralisação, muitos sorocabanos que dependem do transporte coletivo para se locomover tiveram que acordar mais cedo e enfrentar o frio da madrugada para chegar ao seu destino. De acordo com a Urbes, o sistema de Transporte Coletivo regular e especial voltou a operar normalmente às 9h26. Logo após às 8h, os terminais Santo Antônio e São Paulo foram abertos ao público e os ônibus começaram a deixar as garagens da STU e da Consor.

Para tentar minimizar os impactos para os usuários do transporte coletivo, a Urbes criou uma equipe de alerta que atuou em regime de plantão durante toda a paralisação. Formada por gerentes e diretores da Urbes, a equipe acompanhou toda a movimentação nos terminais, bem como as Áreas de Transferência e o todo o fluxo viário da cidade.

Além disso, um total de 98 agentes de trânsito atuaram nas vias públicas para possibilitar maior fluidez do trânsito na cidade, principalmente no início da manhã, além de 40 viaturas que deram apoio ao trânsito e à fiscalização do transporte durante o período de paralisação. A central semafórica também operou em esquema diferenciado para dar fluidez às principais vias do trânsito.

Já os agentes que trabalham no Centro de Controle Operacional (CCO) auxiliaram no monitoramento do trânsito por meio das câmeras instaladas na cidade. Apesar disso, a população que necessita do transporte coletivo teve que arrumar alguma estratégia para chegar ao trabalho, mas nem todos conseguiram e teve gente que acabou chegando atrasada.

De bicicleta ou a pé, as pessoas enfrentaram o frio para ir ao trabalho. Crédito da foto: Fabio Rogério

Rodoviária

Na Rodoviária de Sorocaba os ônibus também deixaram de operar durante a paralisação da categoria e o atendimento foi normalizado após às 8h, com vários veículos chegando ao local para pegar os passageiros. O mesmo ocorreu nos pontos nas ruas em torno da rodoviária, onde param ônibus de linhas intermunicipais.

Comércio não é atingido com greve

Para a Associação Comercial de Sorocaba (Acso), a paralisação do transporte coletivo em Sorocaba não trouxe prejuízos financeiros significativos para os lojistas do centro da cidade. Segundo o presidente da entidade, Sérgio Reze, quem mais sai prejudicada com a falta de ônibus é a população que depende do serviço. E no caso dos lojistas e do comércio em geral alguns funcionários que dependem do transporte coletivo para chegar ao local de trabalho acabam chegando atrasados. Como a paralisação ocorreu das 0h às 8h, o horário não afeta tanto o comércio, visto que as lojas abrem a partir das 9h. Para a Acso, o impacto é maior quando ocorre uma greve, com vários dias seguidos sem ônibus.

Apesar da paralisação ter sido convocada pelos sindicatos dos trabalhadores em transportes em nível nacional, a adesão não foi representativa em diversas cidades do País.

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Sorocaba e Região, além de Sorocaba houve adesão das categoria em São Roque, Itapetininga e Itapeva.

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