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Paralisação do transporte coletivo afeta fim do dia do sorocabano

14 de Junho de 2019 às 20:17

Terminal Santo Antônio, o maior da cidade, deserto. Crédito da Foto: Fábio Rogério (14/6/2019)

Sem ônibus nas ruas de Sorocaba, quem precisou retornar para casa no fim da tarde desta sexta-feira (14) pegou carona, usou transporte por aplicativo ou voltou a pé. Nos principais corredores de ônibus, desde a avenida Independência, no Éden, até à avenida Itavuvu, zona norte, e avenida São Paulo, zona leste, o trânsito registrou pontos de lentidão no horário de pico das 17h às 19h, mas com movimento semelhante ao de dias comuns.

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Entre os que passaram pelo terminal de ônibus no início da noite e pretendiam voltar a pé para casa estava o vendedor de balas Saulo Fernando Monteiro, de 36 anos. Ele vende balas há um ano e meio na avenida Juscelino Kubitschek de Oliveira e mora no bairro Maria Eugênia, na Zona Norte. Disse que pela manhã percorreu esse trecho a pé por 2 horas e 15 minutos, das 6h às 8h15, e no fim da tarde previu que a alternativa seria essa se não conseguisse compartilhar com alguém o custo de um transporte por aplicativo. Deficiente físico, ele usa prótese mecânica na perna direita e mais o apoio de uma bengala para se locomover.

O comerciário Josiel Dias, de 44 anos, pegou carona com o amigo Felipe Rodrigo, de 31 anos. Dias reclamou dos efeitos da greve: “Eu não vendo, deixo de ganhar comissão, e deserta a cidade. Foi um dos piores dias do mês.” A professora Ana Lúcia Barbosa, de 47 anos, disse: “É isso aí. O Brasil para ir para a frente, só chacoalhando.”

A reportagem percorreu corredores de ônibus e terminais de transferência como os do Éden, da avenida Itavuvu e o terminal Santo Antonio, o maior da cidade. Em todos esses locais não havia nenhum sinal de ônibus. A escriturária Tais Oliveira Silva, de 23 anos, passou em frente ao terminal Santo Antonio no início da noite, no retorno para Sorocaba, e teve que recorrer ao transporte por aplicativo para voltar para casa. (Carlos Araújo)