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Pais devem pesquisar preços antes de comprar materiais escolares

05 de Janeiro de 2019 às 06:30

Pais devem pesquisar preços antes de comprar os materiais escolares Daiane pesquisou bastante e só então decidiu onde comprar os produtos. Crédito da foto: Emidio Marques

Comparar preços, inclusive utilizando as redes sociais e o famoso boca a boca são algumas das estratégias utilizadas pelos pais na hora de comprar os materiais escolares. Com grande variação de preços, orçar as listas de itens solicitados pelas escolas pode gerar uma boa economia. O Procon de Sorocaba orienta que, antes de fechar a compra, o consumidor consulte o preço de cada item da lista de material em diversas lojas e sites. Há também outra forma de tornar a aquisição mais barata. “A orientação é que os pais se reúnam em grupos e façam compras coletivas. Desse modo, é possível negociar descontos maiores com os fornecedores”, explica o superintendente do Procon Sorocaba, Laerte Molleta.

Pais devem pesquisar preços antes de comprar os materiais escolares Laerte Molleta, do Procon, sugere que pais comprem em conjunto. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (13/9/2017)

Oséias de Oliveira Souza, proprietário da papelaria Blocoos, afirma que a tecnologia tem contribuído nesse processo. “Nós damos uma atenção muito grande aos orçamentos. Eles entram via WhatsApp e e-mail e a gente faz questão de responder todos eles e com rapidez”, diz. De acordo com o empresário, a comunicação entre os pais também é intensa e eles acabam compartilhando os orçamentos realizados em vários locais.

Pais devem pesquisar preços antes de comprar os materiais escolares Oséias: cadernos, mochilas e estojos têm preços mais variados. Crédito da foto: Emidio Marques

O comerciante observa que as listas costumam ter por volta de 40 itens e que o custo total depende muito da idade do aluno, sendo que usualmente as listas dos mais novos acabam ficando mais caras. Ele estima custo em torno de R$ 200 a R$ 250. “Os itens que têm mais variação de preço são os cadernos, mochilas e estojos”, conta. Isso ocorre porque os produtos licenciados (de personagens infantis, por exemplo) são mais caros.

Segundo a Associação Brasileira de Fabricantes e Importadores de Artigos Escolares e de Escritório (ABFIAE), em relação aos preços praticados em janeiro e fevereiro de 2018, deve ocorrer uma alta de aproximadamente 10%, em média, dos itens escolares. O aumento está baseado na elevação de preços de matérias primas importantes, como o papel e o plástico, e também devido à flutuação do dólar ao longo do ano passado, que acaba impactando no preço de itens como mochilas, estojos e alguns artigos de escrita.

Já Oséias acredita que a variação esteja em torno dos 5%, e diz que alguns itens não apresentaram reajuste. Ele afirma que para oferecer preços competitivos nessa disputa de orçamentos é preciso se preparar. “Planejamento, antecipação de compra e a negociação (com fornecedores) também é fundamental”, afirma.

Pesquisa

A encarregada de estoque Daiane Caroline Leite, 31 anos, pretende conseguir uma boa economia graças aos orçamentos realizados com antecedência. Ela conta que a lista dos materiais que serão utilizados pelo filho de 6 anos chegou a ser encontrada por volta de R$ 250 em um estabelecimento. Com a pesquisa, achou os materiais a R$ 150 em outro. Ela também observa o que já possui em casa de anos anteriores e ainda pode ser utilizado. Daiane lembra que nesse período os gastos são altos. “Janeiro tem o gasto de material e uniforme escolar”, destaca.

Pais devem pesquisar preços antes de comprar os materiais escolares Adriana contou com informações de outros pais antes de ir à papelaria. Crédito da foto: Emidio Marques

Para comprar os materiais do filho de 3 anos, Adriana Flamingo Lacerda, 43 anos, conta que teve o auxílio das informações levantadas por outros pais. “Eu pedi ajuda para as mães dos filhos da sala onde meu estuda. Liguei antes para tirar algumas dúvidas, e vim direto aqui”, relata. Ela estava selecionando os itens do personagem Homem-Aranha, escolha guiada pelos gostos que já conhece do filho. “Porque vai ficar o ano inteiro com o material, então tem que gostar”, avalia. (Priscila Fernandes)

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