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Paciente epiléptica não recebe medicamentos na farmácia de alto custo

27 de Junho de 2019 às 18:23

O aposentado Luiz Carlos Cassimiro Silva, de 62 anos, está sem receber os remédios de uso contínuo da esposa dele, Elisabete Sanches Martin Silva, de 59 anos, que sofre de epilepsia e necessita dos medicamentos há 12 anos, na farmácia de alto custo de Sorocaba. A mulher possui, inclusive, uma liminar judicial que comprova a necessidade dos fármacos.

Segundo Luiz, o não fornecimento da medicação teve início em abril, quando ele deixou de receber Divalproato de Sódio/Depakote de 500 mg. Logo em seguida, a farmácia de alto custo deixou de providenciar o Oxicarbamozepina/Trileptal 300 mg e, por último, o Quetiapina 25 mg, que não foi fornecido em junho. Todos os remédios comprados em farmácias comerciais custam cerca de R$ 400. Quando não conseguem pelo Estado os remédios de uso diário da esposa, Luiz precisa entrar em contato com parentes, amigos e até vizinhos para conseguir a medicação da mulher.

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O episódio já ocorreu outras vezes. De acordo com o aposentado, a esposa ficou cerca de 18 meses sem o remédio até março deste ano, quando a reportagem do Cruzeiro do Sul denunciou a situação. O aposentado informa que, quando questiona a falta do remédio, é informado que o departamento de compras ainda não providenciou os medicamentos por ele solicitados e que é preciso abrir um pedido na ouvidoria. Mas, mesmo após a realização dos pedidos, os remédios não vêm sendo fornecidos.

O Departamento Regional de Saúde (DRS) de Sorocaba informou, em nota enviada à redação do jornal Cruzeiro do Sul, que o medicamento Quetiapina 25 mg "está em processo de distribuição e a previsão é que esteja disponível na próxima semana." Sobre os itens Divalproato de Sódio e Oxcarbazepina, a resposta é de que "estão em processo de aquisição e os familiares da paciente serão avisados tão logo haja disponibilidade."

* Atualizado às 18h50