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Paciente com leucemia deixa de receber remédio para tratamento

27 de Novembro de 2019 às 00:01

Paciente com leucemia deixa de receber remédio para tratamento Medicamento é aplicado no Hospital Leonor Mendes de Barros. Crédito da foto: Erick Pinheiro / Arquivo JCS (27/10/2011)

A constante falta de medicamentos na Farmácia de Alto Custo tem sido alvo de reclamações por parte dos pacientes que dependem da distribuição via Sistema Único de Saúde (SUS). No domingo passado, a reportagem do Cruzeiro do Sul noticiou sobre o não cumprimento de prazos com relação a diversos medicamentos garantidos via ordem judicial. A publicação da reportagem motivou mais uma denúncia: também está faltando remédio para leucemia.

Desde o dia 22 de outubro, o aposentado Alcides Geraldo Machado, 71 anos, está sem o remédio Azacitidina. Conforme sua filha, Eliane Pazetti Machado, era para ele ter iniciado um novo ciclo de tratamento naquela data. “O medicamento o faz se manter firme, com as plaquetas altas. Sem isso, corre risco de ter hemorragia”, afirma Eliane.

A filha conta que a família não tem condições de comprar, porque o medicamento custa de R$ 1.600,00 a R$ 2.000,00 por frasco e o tratamento usa 14 frascos por ciclo. “Meu pai tentou fazer protocolo de reclamação da falta do medicamento e informaram que não fazem mais”, disse.

Paciente com leucemia deixa de receber remédio para tratamento Cada dose custa até R$ 2 mil. Crédito da foto: Divulgação

Alcides faz tratamento para leucemia desde 2012, e conforme a filha, o pai é um exemplo de superação e força. Eliane ainda conta que essa medicação é aplicada no seu pai no hospital Leonor Mendes de Barros. E está preocupada com a saúde dele, devido à indisponibilidade do Azacitidina. “É complicado pois sei que ele depende do medicamento para ter uma qualidade de vida.”

Situada no Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS), a Farmácia de Alto Custo é vinculada à Secretaria Estadual da Saúde. Questionada a respeito, a Secretaria, por meio do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Sorocaba, não respondeu todas as perguntas e se limitou a dizer que “está em andamento a aquisição do medicamento Azacitidina e será solicitada agilidade na entrega para que o paciente seja atendido o quanto antes. Tão logo isso ocorra, ele será comunicado sobre a disponibilidade.”

Não foi falado o que houve para que o medicamento não fosse fornecido ao paciente na data; também não foi falado sobre o motivo que os pacientes não podem mais fazer protocolo de reclamação; e não foi informado se existe algum outro canal de atendimento ao paciente. (Daniela Jacinto)

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