Operação cumpre mandados contra PMs em Sorocaba
Operação foi deflagrada pelo comando da PM e Corregedoria com apoio da Deic. Crédito da foto: Emidio Marques / Arquivo JCS (11/10/2019)
Atualizada às 23h147
Dez policiais militares que atuavam na região de Sorocaba foram presos preventivamente ontem em uma operação comandada pelo 7o. Batalhão de Polícia Militar do Interior e pela Corregedoria da corporação. Os agentes, seis cabos e quatro soldados, são investigados por suspeita de prevaricação e peculato.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, denúncias apontaram que os investigados estariam envolvidos com civis que se passavam por policiais para extorquir traficantes e outros criminosos.
Ainda conforme apontaram as denúncias, os suspeitos se aproveitariam da estrutura da corporação para conseguir informações privilegiadas e, assim, beneficiar criminosos.
Além dos mandados de prisão preventiva contra os dez policiais, foram expedidos mandados de busca e apreensão nas residências dos agentes. Três civis também foram alvos da operação, que contou com o apoio da Polícia Civil de Sorocaba.
Em nota, o coronel corregedor José do Carmo Garcia confirmou a apuração das denúncias. “Condutas como essas são dissonantes dos valores institucionais e demandam medidas enérgicas para diferenciá-los da esmagadora maioria de policiais militares que cumprem seu dever”, frisou.
Operação contra policiais militares é um desdobramento de apreensão de fardas e itens oficiais da PM em 2018. Foto: Divulgação
Falsos policiais
A operação contra os policiais é um desdobramento de investigações que começaram a partir de prisões realizadas em setembro de 2018. Na época, a Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes (Dise) deteve dois homens que utilizavam uniformes da Polícia Militar e outros itens da corporação para extorquir traficantes. Estima-se que eles recebiam, mensalmente, cerca de R$ 300 mil do comando do tráfico de drogas na região do Jardim Itapemirim.
Entre os artigos apreendidos na ocasião das prisões, estavam coletes, fardas, armas e munições. O Comando de Policiamento do Interior (CPI-7) passou a investigar, então, como os detidos tiveram acesso aos itens da corporação.
Após as prisões do agentes da corporação, a Polícia Militar, através da Secretaria de Segurança Pública, não divulgou mais detalhes sobre a continuidade da operação. (Erick Rodrigues, colaborou Jomar Bellini)