Ônibus em Araçariguama podem parar a partir de sexta-feira
A Vertion Transportes é a permissionária do transporte coletivo em Araçariguama. Crédito da Foto: Divulgação/Prefeitura de Araçariguama
Os 35 funcionários da Vertion Transportes, permissionária do transporte urbano e escolar de Araçariguama, na Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), poderão paralisar suas atividades a partir de sexta-feira (18).
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O Sindicato dos Rodoviários de Sorocaba e Região protocolou notificação de greve na empresa na manhã desta terça-feira (15). Sendo assim, os trabalhadores poderão iniciar o movimento grevista após o vencimento do prazo de 72 horas da notificação, conforme determina a lei de greve em serviços essenciais.
Essa mesma lei determina que 30% da frota de ônibus seja mantida em circulação durante a greve -- cujo percentual o Sindicato informou que irá respeitar.
Problemas
O Sindicato afirma que a Vertion Transportes não cumpre corretamente com a legislação trabalhista e o acordo coletivo de trabalho da categoria desde que assumiu a operação dos transportes urbano e escolar em Araçariguama, em abril deste ano.
Em agosto, os trabalhadores realizaram uma greve de cinco dias e só retornaram ao trabalho após a empresa assinar um acordo de regularização dos problemas.
"Como a Vertion não cumpriu esse acordado e ainda realizou algumas demissões arbitrárias por justa causa em retaliação à greve de agosto, o que é inaceitável, o Sindicato dos Rodoviários teve que protocolar nova notificação de greve", justificou o Sindicato, em nota.
Ainda conforme o sindicato da categoria, a Vertion "continua a atrasar o pagamento do tíquete-refeição, que deveria ser pago no 5º dia útil de cada mês, a não efetuar o pagamento de adiantamento salarial, a não fornecer o plano de saúde e o plano odontológico (a empresa recolheu a documentação dos trabalhadores, mas não encaminhou aos planos)."
Outras irregularidades seriam "motoristas de micro-ônibus dirigindo ônibus convencional sem pagar o devido piso salarial e uma frota de ônibus precária", além da empresa "se rejeitar a negociar a pauta de reivindicações da campanha salarial deste ano, cuja data-base é 1º de maio." (Da Redação)