Buscar no Cruzeiro

Buscar

O desafio diário de ser professor: educadores se reinventam em ano atípico

15 de Outubro de 2020 às 07:37
Jéssica Nascimento [email protected]

Professor Joelmir Mora da Silva. Crédito da Foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS

Em meio a um ano letivo inédito, mais do que nunca os professores precisaram se reinventar para dar continuidade ao processo de ensino-aprendizagem. Com escolas fechadas por conta da pandemia de Covid-19, as salas de aula passaram a ser virtuais. Ao trocar lousa e giz por telas de computador e celular, os educadores aprenderam um novo jeito de dar aulas. Diante dessa nova realidade, hoje (15), Dia do Professor, o Cruzeiro do Sul traz histórias de quem supera desafios todos os dias para ensinar, da educação infantil à universidade.

Assim como milhares de educadores, o professor de informática do Colégio Politécnico Joelmir Mora da Silva, 47 anos, tem enfrentado o desafio de ensinar a distância. Para o professor Joel, como é conhecido no colégio, a maior dificuldade tem sido prender a atenção dos alunos. “No começo foi difícil para todo mundo. Alguns professores chegaram a transformar a casa em sala de aula para levar conhecimento aos alunos”, frisa.

No colégio, o professor é muito querido pelos estudantes ao longo de seus 18 anos na educação. “Esse carinho dos alunos é uma recompensa. Eu digo que sou privilegiado pela minha matéria. Eles se divertem aprendendo”. Mesmo longe dos alunos, Joel tem recebido homenagens dos estudantes. “Fico muito feliz e honrado por isso. A gente sabe que está marcando vidas. Professor a gente nunca esquece”.

Professora Patrícia Elaine Bettim. Crédito da Foto: Acervo pessoal

Distante da sala de aula, a professora de educação infantil Patrícia Elaine de Oliveira Bettim, 49 anos, encontrou nova forma de manter o vínculo com seus alunos de 3 e 4 anos da rede municipal de Sorocaba. Além de preparar o material impresso para os pequenos fazerem em casa, Patrícia passou a gravar vídeos didáticos ensinando como fazer diferentes atividades. Para ela, seu maior presente neste Dia do Professor é poder cumprir seu objetivo como educadora, mesmo a distância. Depois de três décadas dedicadas a educação infantil, esse será o último ano de Patrícia como professora. “Apesar de estar encerrando minha jornada longe da sala de aula, que é onde amo estar, estou feliz e realizada. É extremamente prazeroso ver a criança aprendendo”.

 

O professor Marco Escobar, 46 anos, que ministra aulas de informática na rede municipal de São Roque e de língua portuguesa no curso de pedagogia da Universidade Brasil, destaca que o Dia do Professor deveria ser todos os dias. “Precisamos valorizar essa importante profissão”.

Professor Marco Escobar. Crédito da Foto: Acervo pessoal

Marco, que já passou por várias esferas da educação ao longo de seus 19 anos de carreira, aponta que o processo de descoberta é enriquecedor. “Ao ensinar, a gente acaba fazendo a diferença na vida das pessoas. A parte mais rica é poder transformar e ser transformado ao mesmo tempo”. Até porque a educação também está fora da sala de aula, aponta Marco, conhecido pelos alunos por realizar excursões para parques, trilhas, praias e lugares históricos. “Sem encantamento não tem educação. Antes de tocar o cérebro, é preciso tocar o coração”, finaliza. (Jéssica Nascimento)

Galeria

Confira a galeria de fotos