O desafio de enfrentar o alto desemprego
Empregos nas indústrias foram seriamente afetados nos últimos anos. Crédito da foto: Divulgação
O número de desempregados no Brasil chegou a 13,5 milhões em setembro, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No início do estudo, em maio, o total de brasileiros desocupados era de 10,1 milhões. Isto é, o aumento do índice de desemprego foi de 4,3% no mês e de 33,1% desde maio, um recorde da série histórica.
Em Sorocaba, a situação não é diferente. O baque no mercado de trabalho também foi grande. Somente de três meses para cá houve reação. Em setembro, por exemplo, foram abertas 1.778 vagas formais na cidade. Mas, no acumulado do ano, de janeiro a setembro, o saldo ainda é negativo em 4.070 vagas.
Para a mudança desse cenário, algumas medidas importantes devem ser adotadas, especialmente, pela administração municipal. A principal é investir em capacitação profissional. A consideração é de Carla Giuliani, economista, professora da Escola Superior de Administração, Marketing e Comunicação (Esamc), membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social (CMDES), e de Erly Domingues de Syllos, diretor titular do Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) e presidente do CMDES.
Na avaliação de Carla, a qualificação deveria começar antes do ingresso no mercado de trabalho, já nos primeiros anos escolares. Os professores, considera ela, teriam de receber a formação adequada, para, então, conseguirem capacitar os alunos. Assim, os estudantes teriam mais conhecimentos, habilidades e repertório técnico em geral, além de maior preparação, para ingressar no mercado. Depois, a assistência ao trabalhador deve ser mantida em todas as fases da vida, com o oferecimento de cursos profissionalizantes, acrescenta. “Mais do que criar emprego, (o objetivo deve ser) dar condições de aprendizagem aos trabalhadores”, pontua a economista. Nesse sentido, Syllos aponta como igualmente essencial a ampliação dos programas já em operação, a exemplo da Universidade do Trabalhador Empreendedor e Negócios (Uniten). Para tanto, a abertura de novos cursos e o aumento do número de vagas são as providências necessárias, elenca ele. “São cursos de curta duração, mas, muitas vezes, fundamentais para o profissional conseguir o primeiro emprego”, salienta.
Essa preparação deve estar alinhada à evolução do mercado, acredita Syllos. Ou seja, a formação dos profissionais tem de corroborar com as demandas atuais, a partir dos progressos em cada área. Carla defende a mesma posição. A melhoria nesse âmbito contribuiria para a diminuição do índice de desemprego, prevê. “Há uma grande defasagem por falta de capacitação. Não está faltando emprego, mas, sim profissionais capacitados”, explica.
Incentivo às empresas
De acordo com os especialistas, o setor industrial é o grande responsável pela movimentação econômica e geração de postos de trabalho em Sorocaba. Com o advento da pandemia de Covid-19, diversas empresas fecharam temporariamente. Portanto, agora, o poder público municipal deve desenvolver projetos voltados, especificamente, para a recuperação da indústria, indicam Carla e Syllos. “Se o setor industrial está positivo, automaticamente, todos os outros, como construção civil, comércio e serviços, também vão bem”, justifica o diretor do Ciesp.
Conforme a professora, os incentivos devem se dar, por exemplo, por meio da desburocratizarão dos processos de abertura de novas empresas e redução de impostos. Syllos acresce a infraestrutura propícia para a instalação e operação das companhias e a revisão da lei municipal de incentivos fiscais (lei nº 12.099, de 22 de outubro de 2019), de acordo com os avanços na área. “A lei, embora seja nova, precisa ser revista, porque o setor produtivo é bastante dinâmico”, fala. Carla pondera e acredita que esses benefícios também devem ser estendidos aos micro e pequeno negócios, e não apenas às multinacionais. Com mais recursos, as empresas menores correriam menos riscos e poderiam contratar funcionários.
Demandas da população
Ademais, a economista crê ser significativo o contato direto entre o (a) novo (a) prefeito (a) e a população. Apenas com proximidade é possível levantar e, por conseguinte, atender às reivindicações dos sorocabanos. “É preciso ver o que a sociedade está pedindo”, frisa. (Vinicius Camargo)
Carlos Péper - (Solidariedade)
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Sabemos que há estatísticas que indicam que no Brasil temos mais de 13 milhões de desempregados. Sorocaba não é diferente, sofremos muito com o problema da pandemia, muitas empresas e indústrias com dificuldades oriundas das cargas tributárias municipais, estaduais e federais fecharam suas portas, também por falta de incentivo da gestão pública atual, muitas empresas foram para outras cidades a exemplo da Villares, infelizmente! Queremos implantar no espaço deixado pela Villares uma incubadora com barracões onde poderemos contemplar algumas empresas que estão passando por momentos difíceis colocando-as lá em parceria público-privada, para produzirem e gerar empregos, com incentivo e apoio da prefeitura municipal. Construiremos barracões industriais neste enorme pátio ideal para manobra de caminhões, com isso muito pais de família irão recuperar seus empregos. A incubadora funciona da seguinte maneira; a indústria começa a produzir, fica de seis há 2 anos sem pagar aluguel, assim que se estabilizar economicamente deixará o espaço para outra ou passará a pagar o aluguel.
Professor Flaviano - (Avante)
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As estatísticas indicam que há no Brasil mais de 13 milhões de desempregados. Muitos deles estão aqui na cidade, onde vivem, onde consomem, e movimentam a economia local. O sr.(a). sabe quantos desempregados vivem em Sorocaba? Como promover emprego para o maior número de pessoas? Sorocaba tem um PIB de R$ 31,8 bilhões segundo a Seade, e segundo dados do Caged, até maio deste ano tínhamos mais de 6 mil pessoas desempregadas em Sorocaba, certamente que os reflexos da pandemia esse número aumentou consideravelmente, entre a abertura e o fechamento de postos de trabalho com carteira assinada, um severo aumento do desemprego, queda da renda e quebra de empresas, especialmente MEIs e microempresa; de outro, indicou a necessidade de termos maior atenção aos setores produtivos e criar um ambiente de confiança e expectativas positivas, passo fundamental para atrair investimento, gerar empregos. Minha proposta é dinamizar investimentos e todos os setores como indústria e comércio potencializando com leis de incentivo, investimento no Parque Tecnológico de Sorocaba. Precisamos de rapidez.
Jaqueline Coutinho - (PSL)
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Para a minha gestão, o poder público deve atuar de forma direta na questão do emprego. Tanto que, em um ano, aprovamos duas importantes leis de incentivo fiscal e grandes grupos anunciaram investimentos em Sorocaba. Das 74 mil empresas da cidade, quase 4 mil foram abertas no meu governo. Entre julho e setembro, mais de três mil vagas de emprego foram criadas. A apesar da pandemia, conseguimos recolocar mais de 4.500 pessoas no mercado de trabalho por meio do PAT. Mas nossas ações não param aí. O emprego será prioridade nos próximos quatro anos e, para isso vamos, incentivar o empreendedorismo, reduzindo a burocracia para a abertura de empresas em até 24h. Os futuros empregadores terão acesso ao crédito do Banco do Povo, que, só neste ano, liberou mais de R$ 4 milhões na cidade. Vamos fortalecer a atuação da Uniten para a capacitação dos trabalhadores, além de criar a Universidade da Mulher. Pensando na inovação, os prédios do Sabe Tudo vão abrigar o SEI - Solucionar, Empreender e Inovar - um programa para acelerar projetos, com espaços de coworking para os empreendedores.
Leandro Fonseca - (Democratas)
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E não é de hoje que o desemprego afeta o povo sorocabano. Na pandemia,- isso só se agravou e houve perda de empregos em escala. Precisamos promover um plano de ação rápido e efetivo, que atinja o maior número de pessoas, recolocando-as no mercado de trabalho. Para isso, tenho várias propostas, como diminuir os impostos das empresas para que elas tenham condições de gerar mais empregos, e faremos isso em todas as áreas. Outro ponto é facilitar a abertura de novas empresas, tornando Sorocaba uma cidade mais atrativa para pequenos e grandes investimentos, pois hoje as empresas maiores escolhem outras cidades e até estados para se instalar. Acabaremos com a burocracia para incentivar e dar mais oportunidades para o empreendedor, já que Sorocaba é uma cidade com muita demanda para novos negócios. Também iremos qualificar e dar mais oportunidades aos jovens, que estão começando sua carreira agora e precisam de apoio. Vamos qualificar quem depende do serviço público para entrar ou permanecer no mercado de trabalho. Veja mais propostas nas minhas redes sociais.
Maria Lucia - (PSDB)
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O sorocabano quer trabalhar e gerar renda durante a retomada econômica pós-pandemia. Esta é uma das minhas prioridades como prefeita. Vou atrair novas empresas e ampliar os investimentos das que já exercem atividades na cidade. Vou propor menos burocracia para conseguir reduzir o prazo de abertura de empresas; criar células do Parque Tecnológico nos bairros e incentivar para a atração de startups; fazer parcerias com universidades e com o Sebrae para a capacitação de empreendedores; oferecer linha de crédito para pequenas e microempresas; criar feira local de prestadores de serviços para network e vendas e discutir com empresários para retomada do trabalho das cooperativas de recicláveis. Também vou criar o programa de mutirão de reformas de escolas, praças e unidades de saúde, com frentes de trabalho que vão gerar renda e o Programa Praça Viva, com a revitalização de 400 praças, que também vão gerar renda às famílias locais. Outro projeto é a regulamentação dos trabalho dos motoristas por aplicativo, com regras menos burocráticas.
Raul Marcelo - (Psol)
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O enfrentamento ao desemprego será incorporado como primeira prioridade a partir do primeiro dia de janeiro de 2021. Propomos um Plano de Ação Emergencial que aja em várias frentes. Um dos pilares é o Sorocaba Solidária, um programa de transferência de renda às famílias em situação de vulnerabilidade, reforçando os orçamentos familiares e dinamizando o comércio local. Para as famílias com crianças, haverá vinculação com a educação nos moldes do Bolsa Família. Outra proposta é a utilização dos contratos atuais, a exemplo do fornecimento de bens e serviços, manutenção de prédios e áreas públicas, entre outros, para dinamizar o emprego local. Defendo que os recursos sejam pulverizados entre empresas de pequeno porte, cooperativas e empreendedores. Por exemplo, o contrato de varrição de ruas será dividido por inúmeras áreas, de até R$ 40 mil cada, nos moldes da Lei Complementar 123 de 2006. Essas duas medidas terão impacto imediato na renda e emprego das famílias sorocabanas e é exequível dentro de um cenário que exige um Plano de Ação Emergencial.
Renan Santos - (PDT)
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A pandemia fechou cerca de dez mil postos de trabalho em Sorocaba e, para reparar esses danos, vamos trabalhar em várias frentes. Vou criar o CadÚnico Produtivo -- um banco de dados de pessoas em vulnerabilidade à procura de emprego. Estimular as iniciativas de empreendedorismo e reforçar as políticas de geração de emprego para as pessoas com deficiência também é uma urgência. Com o Pronatec Municipal, visando a revolução 4.0, vou oferecer bolsas para cursos técnicos, financiadas pelo próprio município, por meio de compensação tributária. Programas de incentivos fiscais para direcionar investimentos e geração de empregos em bairros com baixo número de postos de trabalho estão no meu plano de governo. O TER (Trabalho, Educação e Renda) será voltado para a população jovem, como parte da estratégia da formação profissional e de combate ao desemprego, especialmente para a juventude negra da periferia. Já o Programa Emprego Direto estabelecerá que empresas com novos contratos de prestação de serviços junto ao município devam contratar 50% de seus funcionários através do PAT.
Rodrigo Manga - (Republicanos)
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O emprego é uma das principais frentes do meu Plano de Governo. Para o desenvolvimento econômico, a base será o tripé desburocratização, incentivos fiscais e capacitação profissional. Entre as nossas iniciativas para combater o desemprego, que só em três meses de pandemia alcançou mais de 22.000 na cidade, estão projetos que já deram muito certo em outras cidades, como o “Arruma Sorocaba”, inspirado no que foi feito em Diadema. A Prefeitura vai contratar diretamente 2.000 pessoas para serviços de zeladoria, como manutenção de praças, ruas, sinalização de trânsito etc., podendo dobrar o número de contratados no segundo ano e dando preferência para desempregados e pessoas cadastradas em programas sociais. E vamos criar o CAD (Centro de Aceleração de Desenvolvimento), um centro que vai contribuir para a captação de recursos governamentais e da iniciativa privada, além de verificar as melhores oportunidades de investimento para as empresas. Além disso, na área da Educação, vamos incentivar a criação de cursos profissionalizantes, destinados, sobretudo, aos jovens.