Campanhas de vacinação para grupos prioritários continuam nas UBSs de Sorocaba. Crédito da foto: Fábio Rogério / Arquivo JCS (26/04/2018)

Subiu para 12 o número de mortes por H1N1 este ano em Sorocaba. Segundo dados da Secretaria da Saúde de Sorocaba (SES), até a sexta-feira (3), foram confirmados 29 caso de Influenza A (H1N1) na cidade, sendo 17 moradores de Sorocaba, e 12 de outros municípios: dois de Iperó, cinco de Votorantim, um de Itu, um de Tatuí, um de Salto e dois de Salto de Pirapora. Desse total, de acordo com a SES, 12 evoluíram para óbito, sendo oito moradores de Sorocaba, e quatro de cidades vizinhas: dois de Votorantim, um de Tatuí e um de Salto de Pirapora.

Até 25 de julho, a SES tinha confirmado oito mortes em Sorocaba por H1N1. Ainda segundo a pasta, em 2017 não houve casos de H1N1 na cidade, porém foram registradas 102 notificações de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Conforme diretriz do Ministério da Saúde, somente casos de gripe grave, caracterizados como Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), são de notificação obrigatória no Brasil.

Secretária da Saúde solicitou mais unidades do medicamento Tamiflu. Crédito da foto: Erick Pinheiro / Arquivo JCS (09/05/2018)

Por conta do aumento de casos, a vacinação contra a gripe continua em Sorocaba e demais cidades da região para pessoas que fazem parte dos grupos prioritários, por recomendação do Ministério da Saúde. De acordo com a SES, trabalhadores da saúde, indígenas, pessoas com 50 a 60 anos de idade ou mais, crianças de 6 meses a 9 anos, gestantes, puérperas, portadores de comorbidades, professores de escolas públicas e privadas, funcionários do sistema prisional e a população privada de liberdade podem tomar a vacina nas 32 Unidades Básicas de Saúde (UBSs).

A SES garante que até o momento há estoque do medicamento para H1N1, o Tamiflu, em Sorocaba.

Porém, secretária da Saúde de Sorocaba, Marina Elaine Pereira, solicitou mais quantidade do medicamento em visita ao governador do Estado, Márcio França, no final de julho, mas a SES ainda não recebeu a grade do Ministério da Saúde.

O vírus

Higienizar as mãos é uma das medidas de prevenção. Crédito da foto: Luiz Setti / Arquivo JCS (19/08/2009)

O vírus H1N1 pode ser transmitido de forma direta por meio das secreções das vias respiratórias de uma pessoa contaminada ao espirrar, ao tossir ou ao falar, ou por meio indireto pelas mãos em contato com a boca, nariz e olhos.

O Ministério da Saúde orienta que sejam adotadas medidas gerais de prevenção como frequente lavagem e higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; higienizar as mãos após tossir ou espirrar; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de gripe, entre outros cuidados.

Os indivíduos que apresentem sintomas de gripe devem evitar sair de casa até sete dias após o início dos sintomas; evitar aglomerações e ambientes fechados, procurando manter os ambientes ventilados; adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos. O serviço de saúde deve ser procurado imediatamente caso apresente algum desses sintomas: dificuldade para respirar, lábios com coloração azulada ou roxeada, dor ou pressão abdominal ou no peito, tontura ou vertigem, vômito persistente, convulsão.

Cidades da RMS também registram óbitos

Em três cidades da Região Metropolitana de Sorocaba (RMS), Salto, Itu e Votorantim já são oito as mortes por H1N1 em 2018. Em Salto, este ano foram 15 casos confirmados para Influenza A (H1N1). Desse total, cinco casos são de moradores de outros municípios, que receberam tratamento no município e, por conta disso, foram notificados à Vigilância Epidemiológica na cidade. Desse total, dois evoluíram para óbito. A campanha de vacinação contra a gripe na cidade, contudo, já foi finalizada. Já sobre os dados de H1N1 no ano passado, a Prefeitura de Salto informou que o levantamento ainda está sendo feito pela Secretaria da Saúde.

Ainda há doses da vacina em Itu e Votorantim. Crédito da foto: Emídio Marques / Arquivo JCS (08/06/2018)

Em Itu, a Secretaria Municipal de Saúde informa que, até o momento, foram confirmados na cidade 11 casos residentes de H1N1 em Itu este ano, sendo que destes quatro foram a óbito, e um caso residente em Salto. Ainda há doses de vacinas disponíveis em Itu para os grupos contemplados pela campanha deste ano. Em 2017 foram registrados 5 casos de H1N1 em Itu, e não houve registro de óbitos pela doença.

Já em Votorantim, a Secretaria de Saúde (Sesa) informa que foram confirmados 5 casos de H1N1, com duas mortes, e que a vacina continua disponível para a segunda dose somente das crianças. Segundo a Sesa, nenhum caso foi confirmado em 2017. "Houve seis suspeitas que foram descartadas", disse a pasta por meio de nota.