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Fim de Ano

Procura por flores e plantas de Natal tem ritmo mais lento neste fim de ano

19 de Dezembro de 2025 às 23:14
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Octacílio Antonelli:
para decorar a mesa
Octacílio Antonelli: para decorar a mesa (Crédito: FÁBIO ROGÉRIO)

Operíodo de Natal e ano-novo costuma impulsionar a procura por plantas ornamentais e flores utilizadas tanto na decoração das ceias quanto como opção de presente. Na Ceagesp de Sorocaba, no entanto, o movimento de compras neste fim de ano ocorre em ritmo mais lento em comparação com anos anteriores, segundo funcionários e comerciantes do local. Pinheiros e flores vermelhas, que tradicionalmente ganham destaque nesta época, começaram a ser comercializados no início de novembro, mas registraram redução na procura nas semanas que antecedem as festas de fim de ano.

Segundo Silvia Okuya­ma, funcionária de uma das lojas, o cenário ainda é de cautela. “Em comparação com o ano passado, as vendas estão um pouco mais lentas. Em outros pontos onde a empresa atua, o movimento é melhor, mas aqui ainda não reagiu totalmente”, afirma. Ela explica que a flor vermelha, associada ao Natal, segue entre as mais procuradas, assim como o pinheiro, mas observa que o estoque disponível é menor. “A produção foi reduzida neste ano e muitas vendas ocorreram de forma antecipada, o que também diminui a expectativa”, completa.

Já a comerciante Iolanda Dogen Tashiro, com mais de seis décadas de experiência no setor, avalia que a queda nas vendas reflete um momento econômico mais restritivo. “Houve redução em relação ao ano passado. Antes, muitas empresas realizavam festas e compravam mais. Hoje, os custos aumentaram”, diz. Ainda assim, ela ressalta que, além das plantas natalinas, há procura por espécies para jardins, plantas para ambientes internos e arranjos florais. “O pinheiro continua sendo uma escolha frequente para quem prefere uma decoração natural”, afirma.

Entre os consumidores, a relação com as flores vai além da decoração sazonal. Frequentadores da Ceagesp, os psicólogos Maria Rosa e José Osmir veem as plantas como parte do cotidiano da casa. “Uma casa sem flor é como uma sala sem cortina. A flor veste o ambiente”, define José Osmir. Para o casal, a escolha não está necessariamente vinculada ao Natal. “A gente deixa a emoção conduzir. As flores precisam combinar com o espaço”, explicam.

O designer Octacílio Antonelli, 72 anos, foi à Ceagesp especificamente em busca de flores vermelhas para a ceia natalina. “É para a decoração da mesa. Depois, os convidados levam as flores”, conta. Ele observa que os preços variam com frequência. “De uma semana para outra já muda. Hoje está mais caro, mas isso já era esperado.”

Para os comerciantes, a expectativa é de que o movimento aumente nos dias que antecedem o Natal, ainda que sem repetir o desempenho registrado em anos anteriores. (Maria Clara Campos - Programa de estágio)

 

 

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