Uma denúncia feita por moradores do Jardim Simus levantou questionamentos sobre a situação de dez cães mantidos em um terreno da região. Segundo os relatos, os animais estariam em situação de abandono, sem acesso adequado à água, em meio à sujeira e em um espaço ocupado de forma irregular.

Segundo uma moradora, que vive em frente ao terreno, os cães estariam no local há aproximadamente um ano, em uma área considerada abandonada e invadida. Ela afirma que o espaço é sujo, sem infraestrutura básica e com risco à saúde pública. “Não há torneira, não tem água. A situação é precária e preocupa por causa de dengue e segurança”, relatou. Ainda de acordo com ela, um homem vive no local, mas os cães não seriam dele, e sim de um segundo homem que os utiliza para caça.

A moradora também afirma que o terreno pertence a herdeiros e está sem manutenção há anos. “É um local grande, perto de centro comercial, e virou passagem de pessoas estranhas. A vizinhança fica indignada, mas não sabe a quem recorrer”, disse.

Por outro lado, outra moradora da região apresentou uma versão diferente. Segundo ela, os cães não estariam abandonados nem sofrendo maus-tratos. De acordo com seu relato, o proprietário dos animais possui alvará, documentação, vacinação em dia e autorização para caça, e visita o local diariamente para alimentar e cuidar dos cães. “Ele vem todo dia, dá comida e cuida. Já teve até caso de pessoas acharem que era abandono e tentarem levar os cachorros, mas devolveram quando viram que tinha documentação”, afirmou.

Ainda segundo a moradora, a prefeitura já esteve no local e constatou que estava tudo dentro da regularidade. Embora os cães fiquem expostos ao sol e em área aberta, eles teriam abrigo e acompanhamento do dono.

A Secretaria do Meio Ambiente, Proteção e Bem-Estar Animal (Sema) informou que uma equipe da Seção de Proteção e Bem-Estar Animal foi até o local, na tarde desta quinta-feira (18), para verificar a denúncia. De acordo com a Sema, o tutor foi notificado a limpar a área e colocar casinhas e aumentar a cobertura para que todos os animais consigam se proteger do sol e da chuva. Também foi solicitado que ele disponibilize mais recipientes com água limpa para os animais. Duas fêmeas estavam apáticas e, por isso, foi solicitado que ele as leve ao médico veterinário e apresente um laudo à Seção de Proteção e Bem-Estar Animal da Sema, bem como a carteira de vacinação de todos os animais, que ele afirmou que estão vacinados. A orientação foi que ele também castre seis fêmeas.