Reconhecimento
Estudantes da região conquistam medalhas na Olimpíada de Ciências
Ao todo, 37 alunos da rede estadual da região se destacaram na ONC 2025, realizada em parceria com a USP
Os 366 alunos da rede estadual com melhor desempenho na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) 2025 foram premiados com medalhas de ouro, prata e bronze, além de certificados, em cerimônia realizada, nesta semana, no Centro de Difusão Internacional da Universidade de São Paulo (CDI-USP). Da região de Sorocaba, 37 estudantes se destacaram na competição nacional. Neste ano, o evento teve como tema central os oceanos, estimulando os participantes a refletirem sobre a biodiversidade marinha, o ciclo da água e o papel dos mares no equilíbrio climático e na sustentabilidade do planeta.
Entre as medalhistas, uma recebeu o ouro. Trata-se de Carolina Rodrigues Villalba de Almeida, 18 anos, aluna da Escola Estadual Professora Corina Caçapava Barth, de Itapetininga, Região Metropolitana de Sorocaba. “Fiquei muito ansiosa aguardando o resultado. Quando soube que era medalhista de ouro, demorou para a ficha cair. Foi uma felicidade indescritível”, conta.
Para Carolina, o reconhecimento representa a validação do esforço ao longo do ensino médio. “A ONC testa não só o que sabemos, mas também como lidamos com o nervosismo e com problemas que não têm uma resposta óbvia”, explica. “A escola foi fundamental. Tenho muito a agradecer à equipe e ao professor de matemática, Valter Júnior, que me apresentou a ONC e sempre me auxiliou”, acrescenta. “Agora o foco é entrar na universidade. A medalha abre portas e o objetivo é usar essa conquista para seguir a carreira científica.”
Outra medalhista da Escola Corina Caçapava Barth é Giovana Brisolla de Proença, 17, que ficou com a prata. Segundo ela, o segundo lugar foi “uma mistura de ansiedade e alegria”, após um período de espera. “A conquista representa o reconhecimento de todo o esforço e uma superação pessoal, mesmo diante da rotina intensa do terceiro ano”, diz. “A escola e os professores foram fundamentais. Agora, o objetivo é entrar na faculdade e aproveitar as oportunidades proporcionadas pela medalha.”
“Foi bem chocante”
A estudante Lavínia Fernanda Vieira Pinto, 13, da Escola Estadual Daniel Verano, de Votorantim, também ganhou a medalha de prata. Segundo ela, a notícia foi recebida de forma inesperada, ao final do interclasses. “Foi bem chocante, principalmente porque eu pensei que não ia conseguir absolutamente nada nas olimpíadas”, afirma.
Lavínia conta ainda que não houve preparação específica para a prova. “Eu só fiz a prova, passei para a segunda fase e, quando vi, veio a medalha de prata”, revela. “Esta conquista representa um incentivo pessoal e acadêmico. Isso me mostra que sou capaz de alcançar meus objetivos.” Com o sonho de seguir a carreira médica e se tornar neurocirurgiã, Lavínia destaca o papel da unidade de ensino de Votorantim e dos professores no processo. “Se não fosse a escola, eu não saberia nada de ciências.”
Outra premiada da região é Maria Laura Chaves Santos de Oliveira, 12, que também conquistou a prata. “Quando soube que havia recebido a medalha de prata, comecei a chorar e tremia de emoção”, lembra. “Cada dia eu percebo que sou capaz. Academicamente, é um sonho e uma grande realização”, completa. “Eu não estudei nada específico para a olimpíada e realmente achei que não passaria nem da primeira fase. A ciência é o meu maior sonho e foi isso que me fez continuar.”
Interesse reforçado
Para as medalhistas, a participação na Olimpíada Nacional de Ciências (ONC) reforça o interesse pela ciência e pelos estudos. Dizem que é impossível pensar em apenas uma área da ciência depois da ONC. Assim, os prêmios conquistadas reforçam o potencial dos estudantes da região de Sorocaba e evidenciam a importância do investimento contínuo em educação científica como ferramenta de ampliação de oportunidades e transformação de trajetórias. (Lavínia Carvalho - programa de estágio)
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