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Operação

Receita Federal fiscaliza clínicas de estética na região metropolitana de Sorocaba

A ação foi realizada em parceria com a Vigilância Sanitária Estadual e as Vigilâncias Sanitárias Municipais de Sorocaba e Votorantim

16 de Dezembro de 2025 às 16:51
Da Redação [email protected]
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De acordo com a Receita Federal, o objetivo da ação foi verificar a regularidade dos medicamentos utilizados para emagrecimento (Crédito: FABIO ROGÉRIO)

A Receita Federal realizou uma operação de fiscalização em clínicas de estética da região metropolitana de Sorocaba na manhã desta terça-feira (17). Ao todo, sete clínicas foram fiscalizadas.

De acordo com a Receita Federal, o objetivo da ação foi verificar a regularidade dos medicamentos utilizados para emagrecimento, conhecidos popularmente como canetas emagrecedoras. O mercado desse tipo de produto está em expansão no Brasil e, diante desse crescimento, muitos medicamentos de origem estrangeira têm sido introduzidos no País de forma clandestina, caracterizando contrabando.

A ação foi realizada em parceria com a Vigilância Sanitária Estadual e as Vigilâncias Sanitárias Municipais de Sorocaba e Votorantim.

O que são as ‘canetas emagrecedoras’

O nome técnico do termo “caneta emagrecedora” é terapia incretínica. De acordo com a médica endocrinologista Larissa Teles Sanches, esses medicamentos são a primeira opção indicada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia para o tratamento da obesidade.

A médica explica que as medicações são seguras: “Essas medicações são realmente eficazes e seguras para o tratamento da obesidade. Eficazes porque proporcionam uma perda de peso de 15% a 23%. Com relação à segurança, também são seguras do ponto de vista cardiovascular, reduzindo comprovadamente o risco de infarto e AVC, justamente por diminuir a gordura abdominal e a gordura visceral.”

As medicações autorizadas atualmente são o Wegovy, que utiliza a semaglutida como princípio ativo, e o Mounjaro, que utiliza a tirzepatida. Ainda de acordo com Larissa, existem muitas falsificações desses medicamentos sendo oferecidas no mercado, normalmente vindas do Paraguai ou até mesmo fabricadas em farmácias de manipulação.

A médica explica que como esses medicamentos são patenteados, a vigilância sanitária não pode analisar e realizar testes de bioequivalência dessas moléculas que se dizem iguais às originais. “Como a patente ainda não caiu, a vigilância sanitária sequer pode analisá-las.”

Para garantir que o medicamento seja original, Larissa orienta a compra em farmácias de confiança. Ela também adverte que médicos não podem vender nenhum tipo de medicação, o que configura infração ao código de ética da categoria.

A Lilly, fabricante do medicamento Mounjaro, disponibiliza em seu site uma ferramenta que auxilia na verificação da autenticidade do produto.