Operação
Receita Federal fiscaliza clínicas de estética na região metropolitana de Sorocaba
A ação foi realizada em parceria com a Vigilância Sanitária Estadual e as Vigilâncias Sanitárias Municipais de Sorocaba e Votorantim
A Receita Federal realizou uma operação de fiscalização em clínicas de estética da região metropolitana de Sorocaba na manhã desta terça-feira (17). Ao todo, sete clínicas foram fiscalizadas.
De acordo com a Receita Federal, o objetivo da ação foi verificar a regularidade dos medicamentos utilizados para emagrecimento, conhecidos popularmente como canetas emagrecedoras. O mercado desse tipo de produto está em expansão no Brasil e, diante desse crescimento, muitos medicamentos de origem estrangeira têm sido introduzidos no País de forma clandestina, caracterizando contrabando.
A ação foi realizada em parceria com a Vigilância Sanitária Estadual e as Vigilâncias Sanitárias Municipais de Sorocaba e Votorantim.
O que são as ‘canetas emagrecedoras’
O nome técnico do termo “caneta emagrecedora” é terapia incretínica. De acordo com a médica endocrinologista Larissa Teles Sanches, esses medicamentos são a primeira opção indicada pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia para o tratamento da obesidade.
A médica explica que as medicações são seguras: “Essas medicações são realmente eficazes e seguras para o tratamento da obesidade. Eficazes porque proporcionam uma perda de peso de 15% a 23%. Com relação à segurança, também são seguras do ponto de vista cardiovascular, reduzindo comprovadamente o risco de infarto e AVC, justamente por diminuir a gordura abdominal e a gordura visceral.”
As medicações autorizadas atualmente são o Wegovy, que utiliza a semaglutida como princípio ativo, e o Mounjaro, que utiliza a tirzepatida. Ainda de acordo com Larissa, existem muitas falsificações desses medicamentos sendo oferecidas no mercado, normalmente vindas do Paraguai ou até mesmo fabricadas em farmácias de manipulação.
A médica explica que como esses medicamentos são patenteados, a vigilância sanitária não pode analisar e realizar testes de bioequivalência dessas moléculas que se dizem iguais às originais. “Como a patente ainda não caiu, a vigilância sanitária sequer pode analisá-las.”
Para garantir que o medicamento seja original, Larissa orienta a compra em farmácias de confiança. Ela também adverte que médicos não podem vender nenhum tipo de medicação, o que configura infração ao código de ética da categoria.
A Lilly, fabricante do medicamento Mounjaro, disponibiliza em seu site uma ferramenta que auxilia na verificação da autenticidade do produto.