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4ª vez

Justiça pede detalhes ao TRF-3 antes de analisar habeas corpus de Manga

Defesa do prefeito afastado tenta, pela quarta vez, retorno dele à administração municipal

12 de Dezembro de 2025 às 21:00
Cruzeiro do Sul [email protected]
Manga foi afastado no dia 6 de novembro
Manga foi afastado no dia 6 de novembro (Crédito: DANIEL GOUVEIA / ARQUIVO JCS (10/4/2025))

 

O prefeito afastado de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), apresentou na terça-feira (9) um novo pedido de habeas corpus (HC) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), em mais uma tentativa de reverter os efeitos da Operação Copia e Cola e retomar o comando da prefeitura. A Justiça definiu que precisa de mais informações sobre o caso antes de analisar o HC. A defesa de Manga foi contatada para comentar a respeito, mas disse que não iria se manifestar. É a quarta tentativa do prefeito afastado em retornar ao cargo.

De acordo com o STJ, o ministro Sebastião Reis Júnior, antes de tomar qualquer decisão, pediu informações “pormenorizadas” ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3) sobre o pedido de busca e apreensão criminal da Operação Copia e Cola contra Manga. O prazo foi de 72 horas, a partir da publicação do despacho, realizado na quarta-feira (10).

O escritório Bialski Advogados Associados é quem representa Manga, por meio do advogado Daniel Bialski, que já defendeu Sérgio Cabral, ex-governador do Rio de Janeiro; o ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro; o técnico de futebol Cuca e Michelle Bolsonaro.

O novo movimento jurídico ocorre poucos dias após a terceira derrota de Manga no próprio STJ. No dia 3 de dezembro, o mesmo ministro rejeitou embargos de declaração apresentados pela defesa, mantendo a decisão que sustenta o afastamento do prefeito. A tramitação do novo habeas corpus, porém, deve enfrentar o calendário do Judiciário: com o recesso de fim de ano, que começa em 20 de dezembro, a análise pode ficar para 2026.

Seis meses

Desde o dia 6 de novembro que Rodrigo Manga não é mais o prefeito de Sorocaba, sendo afastado por seis meses na segunda fase da Operação Copia e Cola, que investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos na saúde envolvendo contratos emergenciais. Desde abril, a Polícia Federal apura a participação de aliados próximos e do próprio prefeito. (Da Redação)