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Protocolo Não Se Cale ensina sinal de socorro para mulheres em risco

22 de Novembro de 2025 às 22:24
Cruzeiro do Sul [email protected]
Sinal com a mão permite que a vítima peça ajuda de forma discreta e silenciosa
Sinal com a mão permite que a vítima peça ajuda de forma discreta e silenciosa (Crédito: DIVULGAÇÃO / AGÊNCIA SP)

Um gesto simples, feito com apenas uma das mãos, pode salvar vidas. Criado para permitir que mulheres peçam ajuda de forma discreta, o sinal — dobrar o polegar sobre a palma e fechá-lo com os outros quatro dedos — integra o Protocolo Não Se Cale, política do Governo de São Paulo que capacita bares, restaurantes e espaços de lazer a identificar e acolher vítimas de assédio ou violência.

O governo lançou na quinta-feira (20) o movimento “SP Por Todas: 21 Dias por Elas”, com ações de conscientização para prevenção e combate à violência contra a mulher. As atividades seguem até 10 de dezembro, dentro da campanha internacional “21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, promovida pela ONU Mulheres. No Brasil, a mobilização começou no dia 20 de novembro, Dia da Consciência Negra.

Como funciona o sinal de socorro

O gesto, inspirado no movimento internacional #SignalForHelp, consiste em três etapas: mostrar a palma da mão aberta, dobrar o polegar ao centro e fechar os demais dedos sobre o polegar, simulando que ele está “aprisionado”.

Ao identificar o sinal ou receber um pedido verbal, funcionários treinados devem agir imediatamente, retirando a vítima do alcance do agressor e conduzindo-a a um local seguro. Caso necessário, devem acompanhá-la até um transporte ou aguardar a chegada da polícia e do socorro médico.

Capacitação e fiscalização

O curso do Protocolo Não Se Cale é gratuito, on-line e tem carga horária de 15 horas. É oferecido em parceria com o Procon-SP e a Univesp, e ensina os profissionais a identificar situações de risco, acolher vítimas e preservar provas, como imagens de câmeras de segurança.

Mais de 127 mil profissionais já se inscreveram no curso; 83 mil concluíram a formação. Criado por decreto em 2023, o protocolo obriga bares e restaurantes a capacitar suas equipes e exibir cartazes informativos. O Procon-SP já orientou cerca de 5 mil estabelecimentos, em 290 cidades, sobre a necessidade de cumprir a legislação.

Expansão para outros espaços

Em 2025, o protocolo passou a alcançar também academias. Uma parceria com o Conselho Regional de Educação Física (Cref) está levando o treinamento para esses ambientes, onde o contato físico pode favorecer situações de importunação. (Da Redação, com informações da Agência SP)