Um sagui-de-tufo-branco mantido ilegalmente em uma casa na zona leste de Sorocaba levou equipes da Polícia Civil e da Polícia Militar Ambiental a uma diligência na última terça-feira (11). O animal, da espécie exótica "Callithrix jacchus", estava preso em uma gaiola na garagem do imóvel, segundo denúncia recebida pelo Setor de Proteção Animal (Sepa).

Ao verificar a situação, os agentes confirmaram que o sagui não tinha microchip, atestado de saúde nem guia de transporte — documentos obrigatórios para qualquer posse regular. A moradora apresentou uma nota fiscal de compra, mas o criadouro que emitiu o documento não possui registro no Sistema Integrado de Gestão Ambiental da Fauna — popularmente conhecido como Gefau —, sistema estatal que regulamenta a comercialização de fauna silvestre e exótica.

Com as irregularidades, foi lavrado flagrante por crime ambiental, que trata da posse e manutenção de animais silvestres sem autorização. A infração é considerada de menor potencial ofensivo. A mulher foi ouvida, assinou termo de compromisso e aguarda encaminhamento do caso pela Justiça.

O sagui permaneceu provisoriamente sob responsabilidade da própria moradora, até decisão dos órgãos ambientais sobre o destino adequado.

Além da irregularidade documental, a polícia também apura possível receptação culposa, já que o valor pago pelo animal e as circunstâncias da compra — realizada por meio de redes sociais — levantam suspeitas sobre a origem da venda. As investigações seguem sob responsabilidade da Polícia Civil de Sorocaba.