Feriado
Finados movimenta comércio florista
O Dia de Finados é marcado por homenagens aos entes queridos que já se foram, e um dos símbolos mais comuns da data são as flores deixadas nas lápides dos cemitérios, a fim de demonstrar respeito e cuidado. Para a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) de Sorocaba, o feriado do dia 2 de novembro, ocupa o terceiro lugar em importância para o comércio florista, ficando atrás apenas do Dia das Mães e do Natal.
Iolanda Dogen Tashiro, da Iolanda Flores, afirma que a época de Finados é uma das mais movimentadas do ano: “Durante a semana do feriado, as vendas já aumentam”. Segundo Wilson Roberto Caveden, gerente do Entreposto de Sorocaba (Cesor), isso representa cerca de R$ 500 mil de movimentação no mercado de flores em apenas duas semanas. Mara Camargo Machado, 64 anos, vendedora autônoma, segurava dois buquês de crisântemos de tons variados. “E ainda vou pegar mais um”, disse.
As flores mais procuradas
Crisântemos estão entre as flores mais buscadas nesse período, segundo Tashiro. No comércio dela, os clientes também procuram mini crisântemos, calandivas, girassóis, polaris e margaridas, geralmente brancas ou coloridas. Bianca Camargo, representante de vendas da Hero Flores e Plantas, acrescenta que, além do crisântemo e da calandiva, plantas como o kalanchoe e as mini roseiras também têm boa saída. “As mais vendidas são as que conseguem ficar expostas ao sol”, relata.
Em 2024, aproximadamente 37 toneladas de flores foram vendidas, e o ranking das cinco mais comercializadas foi:
1º - Kalanchoe: 19,4 toneladas
2º - Begônia: 4,6 toneladas
3º - Suculentas em geral: 2,3 toneladas
4º - Tango: 1,9 tonelada
5º - Girassol: 1,6 tonelada
Na Hero Flores e Plantas, a expectativa é que o número de arranjos comercializados supere o do ano passado. “Compramos um bom estoque para suprir as necessidades deste Finados. Quando comparado ao Dia das Mães e ao Dia dos Namorados, as vendas são um pouco diferentes por causa dos produtos que saem, mas, em relação à procura, é a mesma coisa”. O gerente do Cesor , Wilson Caveden, reforça que a projeção é positiva, principalmente com a estação da primavera.
Saudade que fica
A aposentada Aparecida Madalena Farias, de 86 anos, andava pelo Ceagesp com olhar curioso. “Geralmente eu compro qualquer flor, a que estiver mais barata”, contou aos risos. “É só para enfeitar na hora, porque no outro dia já tem que jogar fora”.
Aparecida procurava flores para colocar na lápide dos pais e do marido no sábado, e relembrou que a mãe adorava rosas. “Vou ao cemitério e vejo que alguns túmulos estão tão bonitos e outros estão largados. A gente tem que alegrar um pouco os mortos”.
A vendedora Mara Machado parece concordar. “Acho que temos que cuidar do lugar onde nossos entes queridos ficam, porque isso ajuda a matar um pouco a saudade”, reflete.
E Aparecida conclui: “Eu sei que eles não estão vendo, mas fazemos a nossa parte”. (Layla de Oliveira)
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