Pegando a trilha à esquerda na entrada do Jardim Botânico Irmãos Villas-Bôas, localizado no Jardim Iguatemi, só há a placa “em implantação”. O projeto da “Cidade dos Autistas”, da Prefeitura de Sorocaba, foi anunciado no primeiro semestre deste ano e até agora a obra não foi iniciada.

O espaço, voltado para diagnósticos, promete ser também um local de inclusão. “O foco é acolher as famílias e orientar quanto às demandas relacionadas ao Transtorno do Espectro Autista (TEA). A proposta é criar um ambiente acolhedor e sensorial, voltado à convivência, ao bem-estar e à inclusão social, onde as famílias possam encontrar informação, suporte e encaminhamento adequado às políticas públicas já existentes”, explica a prefeitura.

A construção será por meio de parcerias privadas e o formato isenta a necessidade de processos licitatórios, conforme a administração municipal. O início é previsto ainda para este ano. “O projeto ainda está em tramitação interna quanto à primeira fase, em que será construído o jardim sensorial, com expectativa de que as ações iniciais para implantação tenham início ainda neste ano”, afirma a prefeitura.

No entanto, a gestão municipal explica que cronogramas e datas só serão divulgadas definitivamente após a finalização dos trâmites administrativos e técnicos. “A inauguração e início das atividades estão previstas para o próximo exercício. A abertura será realizada de forma gradual, conforme o avanço das obras e estruturação dos serviços”, afirma.

Demanda

A demanda por terapias e atendimento a pessoas com TEA gera fila de espera na cidade. Questionada a respeito dos números, a prefeitura não respondeu, mas informou que a Secretaria de Inclusão e Transtorno do Espectro Autista (Sintea) está trabalhando no aumento do número de atendimentos e vagas nas instituições parceiras.

Atualmente, a Prefeitura de Sorocaba mantém parcerias com 13 entidades. As mais conhecidas são: Associação Amigos dos Autistas de Sorocaba (Amas), Associação Amigos dos Deficientes (Amde), Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), Associação de Pais do Espectro Autista de Sorocaba (Apeas), Associação de Socorro Imediato a Pessoas com Câncer e Autismo (Asipeca), Instituição Terapêutica de Grupos de Habilitação e Reabilitação para Terapias e a Associação Educacional Santa Rita de Cássia.

Apesar das parcerias, ainda faltam vagas, pelo menos em uma das entidades, a Asipeca, que tem fila de espera. A Asipeca dispõe de 300 vagas, 286 de atendimento de pessoas com TEA e 14 atendimentos na equoterapia. (Thaís Verderamis)