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Operação Prisma

Sete golpistas que aplicavam fraudes em idosos são presos em Sorocaba

Criminosos fingiam ser funcionários de empresa de telefonia e internet e causaram prejuízo de R$ 80 mil em dois meses

20 de Outubro de 2025 às 21:59
Delegados da Deic e da Dise detalham prisão de estelionatários em coletiva
Delegados da Deic e da Dise detalham prisão de estelionatários em coletiva (Crédito: ALISSON ZANELLA)

Sete golpistas que fingiam ser funcionários de uma grande empresa de telefonia e internet foram presos após oferecer serviços de instalação a idosos residentes em áreas urbanas e com dificuldades em tecnologia. A prisão da quadrilha ocorreu na manhã de ontem (20), na Operação Prisma, deflagrada pela Polícia Civil de Sorocaba, por meio da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic). Em dois meses, quatro vítimas foram registradas nas regiões de Sorocaba e Piedade, com prejuízo total de R$ 80 mil.

A polícia já investigava organizações criminosas voltadas à prática de estelionato e furtos mediante fraude, tendo como vítimas pessoas idosas, e identificou a atuação dos acusados. Uma coletiva de imprensa na sede da Deic de Sorocaba, com os delegados Rodrigo Ayres, titular da Deic, e Rafael Vasconcelos, da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), apresentou detalhes das investigações.

Segundo os delegados, foram cumpridos sete mandados de prisão e busca e apreensão: um em Itu, um em Santo André e cinco em São Paulo. Quatro mulheres e três homens da organização criminosa foram identificados e presos pelos crimes de estelionato, furto mediante fraude e organização criminosa.
Rafael

Vasconcelos explicou: “O primeiro contato era justamente para investigar se a pessoa era uma vítima em potencial. Depois de verificar que não havia alguém mais jovem para auxiliar com o celular, eles retornavam e inventavam uma história para justificar a visita”.

“O golpista abria contas bancárias com reconhecimento facial, alegando estar instalando os serviços na residência da vítima. A pessoa, sem desconfiar, cedia o acesso. Também subtraíam pertences à vista, como cartões de banco, cheques e joias”, completou o delegado.

“O primeiro caso relatado foi em junho de 2025, mas vamos investigar casos anteriores para identificar outras vítimas”, disse o delegado da Dise.

Ayres recomenda cautela: “Se você tiver dificuldades com tecnologia, peça ajuda a alguém de confiança. O celular é muito valioso, tanto para a pessoa quanto para o criminoso, que pode cometer diversos golpes tendo acesso ao aparelho”. (Layla de Oliveira)