Conhecimento e Valores
PUC Sorocaba celebra 75 anos com missa, fé e legado acadêmico
Alunos, professores e funcionários participaram da celebração presidida pelo Cardeal Dom Odilo Scherer
A manhã de ontem (8) foi de fé e celebração na Pontifícia Universidade Católica de Sorocaba (PUC), com missa em ação de graças pelos 75 anos da instituição. Alunos, professores e funcionários participaram da celebração, presidida pelo Cardeal Dom Odilo Scherer, Grão-Chanceler da PUC, presidente da Fundação São Paulo, mantenedora da universidade, e arcebispo de São Paulo, que destacou a importância da universidade como espaço de conhecimento e de valores humanos e espirituais.
A missa marcou não apenas a história da instituição, mas também o sentimento de pertencimento de quem faz parte da comunidade acadêmica. Estudantes ressaltaram o valor de ter a fé integrada à rotina universitária. “Celebrar uma missa aqui dentro é essencial. Trazemos Deus para dentro da faculdade. Independentemente da crença de cada um, é uma bênção para todos”, afirmou João de Souza Marin, estudante de 22 anos.
Essa vivência espiritual, integrada ao cotidiano universitário, reforça a importância de celebrar não apenas o presente, mas também a trajetória construída ao longo das décadas. “Chegar aos 75 anos é uma data jubilar. É olhar para o passado, não para repeti-lo, mas com orgulho da trajetória feita e também projetar o futuro com base sólida”, afirmou Rodrigues Pires Vilela da Silva, coordenador da pastoral universitária.
Apesar das conquistas, a universidade também enfrentou desafios ao longo de sua história. Para a coordenadora acadêmica do Hospital Santa Lucinda, Cibele Saad de Rodrigues, algumas das maiores dificuldades da PUC foram as reformas curriculares e a implementação de metodologias ativas de ensino, que colocam o estudante no centro do processo de aprendizagem. “Toda vez que você muda uma cultura, você chacoalha as pessoas. Mudar o currículo foi isso. Foi difícil, mas essencial”, comentou. “Hoje, temos um currículo vivo, que se transforma conforme as necessidades da população”, acrescentou a professora.
Cibele também ressaltou o empenho da universidade em se adaptar às novas demandas do mercado, como gestão, ética, bioética e, mais recentemente, o impacto da inteligência artificial na medicina. “Não substitui a relação médico-paciente, mas pode nos ajudar muito no diagnóstico e tratamento. A empatia, essa sim, jamais será substituída.”
Mesmo diante das mudanças e exigências do mercado, os alunos destacam que a essência da universidade permanece: formar profissionais comprometidos com a sociedade. Estudantes expressaram o privilégio de fazer parte dessa história. Para os graduados em medicina, a formação vai além da técnica: é um compromisso social.
“Estar na PUC é um privilégio. Eu sempre digo que estou no lugar certo. Os professores são excelentes e a estrutura é única. É uma faculdade que forma para a sociedade”, disse Gabrielly Ferreira Barbosa, de 21 anos.
Cibele Saad fala sobre o legado que a PUC Sorocaba quer deixar para o futuro: “Queremos formar bons médicos, profissionais preparados, empáticos, que tratem seus pacientes como tratariam seus pais ou avós, e que tenham compromisso com os mais carentes.” (Lavínia Carvalho programa de estágio)