Crime
Homem é preso por venda de atestados falsos no Nova Esperança
Dias de folga sairão caros: quem comprou pode ser indiciado por uso de documento falso
Um homem de 27 anos foi preso, acusado de vender atestados médicos falsos em Sorocaba, nesta terça-feira (7). Ele atendia por WhatsApp e vendia os documentos por R$ 35 (válido por um dia; atestado com 10 dias de afastamento custava R$ 350), a partir de sua residência no Nova Esperança e de seu local de trabalho, no Jardim Saira — o acusado era técnico de segurança e bombeiro civil. A polícia descobriu o esquema graças a uma médica que registrou boletim de ocorrência pelo uso indevido de seu CRM (número de registro médico da categoria, que valida o trabalho profissional).
Quem comprava os atestados falsos podia escolher o CID (identificação da doença) e a unidade de saúde que constaria no documento. Em seguida, o acusado assinava o atestado, falsificando assinaturas, e o entregava aos compradores em encontros presenciais marcados via WhatsApp. A polícia já adiantou que todos os que compraram os atestados falsos poderão responder por uso de documento falso. Há registros de utilização de unidades de saúde em Sorocaba, Votorantim e até Guarulhos.
Segundo a delegada Ana Luiza Job de Carvalho, titular do 3º Distrito Policial, trabalhos de inteligência identificaram o responsável, e mandados de busca e apreensão foram expedidos para a residência e o local de trabalho do acusado. Foram encontrados mais de 400 atestados médicos falsos.
“O rapaz disse que estava de posse de um atestado original e, a partir dele, montou outros idênticos em seu computador, muito próximos do real”, explica a delegada. “Ele buscava nomes e registros na internet, isso quando não inventava alguns.”
Foi apurado também que o homem integra uma ampla rede de comércio ilegal de atestados médicos, com atuação em Sorocaba e região. Na ação, também foram apreendidos um aparelho celular e um notebook, utilizados na confecção dos documentos ilegais. O homem foi encaminhado à sede do 3º DP, onde teve sua prisão em flagrante ratificada pelo crime de falsificação de documento público. Ele permanece à disposição da Justiça.
O trabalho da Polícia Civil continua, afirma a delegada Ana Luiza, no sentido de identificar outras pessoas que possam estar envolvidas com o investigado.
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