Após a confirmação de um caso suspeito de intoxicação por metanol em Itu, a Secretaria de Saúde do município passou a orientar comerciantes, distribuidores e fornecedores sobre a aquisição e comercialização de bebidas alcoólicas. O informe elaborado pela Vigilância Sanitária foi divulgado ontem (1º). Segundo a pasta, o objetivo é reforçar a necessidade de redobrar a atenção diante do risco de circulação de produtos adulterados.

A Vigilância Sanitária reforça que as empresas devem adquirir as bebidas somente de distribuidores regularizados, sempre com nota fiscal. Também é importante não comercializar bebidas sem rótulo e registro ou de origem duvidosa, assim como rejeitar produtos com rótulo desgastado, lacre rompido, tampa irregular ou preço muito abaixo do praticado.

Em caso de suspeita, o responsável deve ser denunciado. Eventos adversos devem ser notificados à Vigilância Sanitária do município.

A Polícia Civil investiga um caso de possível intoxicação por bebida adulterada com metanol em Itu. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), a ocorrência foi registrada em São Bernardo do Campo, mas o consumo da bebida teria ocorrido no município. O caso está sob apuração.

O Cruzeiro do Sul solicitou mais detalhes sobre a ocorrência à SSP. A reportagem questionou se a pasta confirma a morte da vítima e o local onde a bebida alcoólica foi ingerida. No entanto, não obteve retorno. O Cruzeiro também entrou em contato com o 2º Distrito Policial de São Bernardo do Campo, mas que não passou informações.

Donos de bares e restaurantes de Sorocaba e região divulgaram comunicados nas redes sociais para tranquilizar os clientes após as notícias sobre intoxicações com metanol em bebidas. Um deles foi o empresário João Braguin, proprietário de um bar localizado no Jardim Prestes de Barros, na zona leste da cidade.

Segundo ele, não houve questionamentos diretos por parte dos clientes, no entanto, a iniciativa foi importante para transmitir mais segurança ao consumidor. “Fizemos o comunicado para trazer confiança aos nossos clientes, para que saibam que também estamos preocupados com eles”, afirmou.

A situação, para o proprietário, também gera preocupação em relação à diminuição nas vendas de bebidas, pois muita gente deve cortar o consumo de álcool durante esse período de investigações. “Existe receio na queda das vendas de destilados, porque as pessoas estão bem assustadas, estão preocupadas com as suas vidas. Então, muitas delas provavelmente vão optar por trocar por uma cerveja, por exemplo”, disse Braguin. (Vanessa Ferranti)

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