A CPFL Piratininga atesta que Sorocaba foi a segunda cidade entre as 27 de sua área de concessão com maior número de ligações irregulares entre janeiro e julho deste ano — a primeira é Praia Grande. De acordo com a empresa, foram identificadas e regularizadas 857 ocorrências no período. Nos 15 municípios atendidos pela companhia na Região Metropolitana de Sorocaba, o total de energia desviada ilegalmente chegou a 2,1 mil MWh.

Entre as principais irregularidades encontradas nas residências sorocabanas estão ligações clandestinas, desvio de energia antes da medição e adulteração de medidores. Em energia recuperada, Sorocaba ocupou a quarta posição no ranking regional: 960 MWh, quantidade suficiente para abastecer cerca de 476 residências por um ano.

Até julho, outras 1,4 mil instalações foram regularizadas na região de Sorocaba por meio de investimentos da CPFL Piratininga em tecnologias de monitoramento e análise de consumo. Um exemplo são os softwares baseados em inteligência artificial, que aumentaram a precisão das inspeções realizadas pelas equipes em campo.

Os resultados refletem investimentos que deverão somar, até o fim do ano, mais de R$ 29 milhões em tecnologias e operações especiais de combate a fraudes e furtos de energia em toda a área de concessão.

A distribuidora também vem aplicando recursos em projetos de blindagem para clientes reincidentes na prática de furto de energia. Entre as soluções estão caixas blindadas em residências, que permitem acesso ao medidor somente por técnicos da CPFL. No caso de clientes industriais, foram instalados conjuntos blindados que externalizam a medição e contam com sistema de telemetria.

“A partir desses investimentos, conseguimos tornar as operações muito mais precisas e recuperar uma quantidade de energia suficiente para abastecer cerca de mil residências por ano. Ainda que os desafios sejam muitos, seguimos firmes no combate às ligações clandestinas e à adulteração de medidores, com o compromisso contínuo de entregar energia de qualidade para toda a população”, afirma Victor Rios, gerente de Recuperação de Energia da CPFL.

Prejuízos para a sociedade

As práticas de furtar ou fraudar energia, além de ilegais, impactam diretamente a população. Tais atos sobrecarregam o sistema elétrico, podendo provocar oscilações e interrupções no fornecimento, gerar riscos de curtos-circuitos e até causar acidentes fatais.

Previstas no Código Penal, com pena que varia de um a quatro anos de detenção, as ações de manipular medidores ou realizar ligações diretas à rede de distribuição também resultam em prejuízos financeiros aos infratores, que devem pagar retroativamente pelo período em que se beneficiaram da fraude.

As consequências, porém, não se limitam aos responsáveis. Conforme determina a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), as perdas comerciais — como são chamadas as fraudes — são consideradas nas revisões tarifárias das distribuidoras, o que encarece a conta de luz para todos os consumidores.

Apoio da população

Denúncias anônimas feitas pela população também contribuíram para os resultados conquistados nos sete primeiros meses do ano. Em toda a área atendida pela distribuidora no interior paulista, foram registradas mais de nove mil denúncias no período.

“O apoio da população é um aliado importante no combate às fraudes e furtos de energia. Comunicar a companhia sobre eventuais vizinhos ou comerciantes que estejam praticando tais atos evita acidentes e protege o sistema elétrico, garantindo um fornecimento de energia seguro e de qualidade”, destaca Victor Rios.

As denúncias anônimas podem ser feitas por meio do aplicativo CPFL Energia ou pelo site www.cpfl.com.br/fraude.