Cassação negada
Tatiane Costa leva livro no plenário e reclama de mais liberdade
Foi a sexta vez que a vereadora foi alvo de processo na Câmara
A vereadora Tatiane Costa (PL) usou o plenário da Câmara na sessão desta terça-feira (9) para pedir mais liberdade, reclamou de perseguição, disse que não tem apoio de feministas, afirmou que já leu o Manifesto Comunista e relembrou as ameaças de agressão que sofreu enquanto trabalhava em uma orquestra. Os diversos assuntos comentados foram feitos em protesto a mais um pedido de cassação contra seu mandato, protocolado na segunda-feira (8). Ela disse que não declararia nada para imprensa, mas disse que o faria na sessão da Câmara.
E ela assim o fez, levando o livro "Pela Memória do Coronel Ustra", motivo da polêmica que originou o pedido de cassação (por apologia à tortura), junto dela. A parlamentar elencou diversos motivos para a ironia da situação, dizendo que seria defensora da tortura se aceitasse o que Alexandre de Moraes faz com os participantes da manifestação de 8 de janeiro. Ela também citou os terroristas do Hamas, indicou um filme sobre a guerra em Israel disponível em um streaming e recomendou a leitura de um clássico da literatura, "1984", de George Orwell, que fala sobre um cenário distópico futurista totalitário inglês.
A Câmara rejeitou o pedido de cassação -- é a sexta vez que Tatiane sofre esse tipo de processo. Nos bastidores, houve confusão com a vereadora Iara Bernardi (PT), e o livro do Ustra acabou sendo jogado no lixo, retirado logo depois. (Da Redação)