Prevenção
Casos de Covid têm alta e exigem cuidados
Em Sorocaba, foram 12 mortes neste ano, mas situação é controlada; apenas 25% do público alvo se vacinou
A pandemia de Covid-19 acabou, mas o vírus continua circulando e fazendo vítimas. Um levantamento do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), realizado com dados de nove laboratórios de São Paulo, Curitiba, Goiânia e Belo Horizonte, e publicado pelo Estadão no final de agosto, mostrou que o País tem tido, ao menos, oito semanas consecutivas de aumento nos casos confirmados de coronavírus.
De acordo com o infectologista Fernando Ruiz, de Sorocaba, as oscilações de positividade são frequentes em se tratando do vírus Sars-Cov-2, mas a alta atual é considerada discreta. Ainda assim, medidas de prevenção devem ser consideradas.
“Estamos em pleno inverno, embora descaracterizado pela oscilação de temperatura e ar seco, o que pode aumentar os casos de doenças respiratórias de modo geral. Essa tendência tem sido observada globalmente”, comenta o especialista.
O levantamento informa que São Paulo é a terceira unidade federativa com maior taxa de testes positivos, atrás do Distrito Federal e do Rio de Janeiro. Dados do Núcleo de Informações Estratégicas de Saúde (Nies) mostram que este ano foram confirmados 3.009 casos e 548 mortes. Em 2024, nos 12 meses, foram 9.952 pessoas infectadas e 1.765 óbitos.
De todos os casos do Estado de São Paulo deste ano, um sexto (1/6) está em Sorocaba. O município tem 541 confirmações. São 12 óbitos na cidade, a maioria no primeiro semestre. O cenário atual, segundo a Secretaria Municipal da Saúde (SES), é considerado controlado. Em 2024, o município registrou 3.110 casos e 28 mortes.
Na região, o número é considerado baixo. Em consulta no Nies, do governo de São Paulo, Votorantim registrou de janeiro a agosto deste ano 50 casos e nenhuma morte. Já em Araçoiaba da Serra, apenas uma pessoa relatou sintomas e teve a confirmação para a Covid-19. Na região abrangida pelo Grupo de Vigilância Epidemiológica (GVE) Sorocaba, do governo estadual e abastecido com dados das secretarias municipais da saúde, o painel do Nies aponta 119 casos e 20 mortes em 2025.
Prevenção
Durante o pico de transmissão de Covid-19, a população vivenciou a importância dos cuidados com a higiene, como o uso de álcool em gel e o uso de máscara. Conforme o infectologista Fernando Ruiz, as recomendações seguem as mesmas. “Evitar aglomerações, da mesma maneira; e evitar contato com pessoas acometidas por doenças respiratórias. Ter uma boa alimentação, ingestão adequada de líquidos e controlar doenças previamente existentes, como hipertensão e diabetes”, orienta.
Outra medida importante é a vacinação. Ruiz salienta que a doença foi controlada pelos imunizantes em todo o planeta. “Vacinação em massa enfraquece a agressividade do vírus de modo geral. Quando ocorre baixa adesão à vacinação, aumentam os casos de infecção, que na maior parte das vezes têm sido leves, felizmente”, observa.
Em Sorocaba, apenas 25% do público alvo (pessoas do grupo prioritário e crianças menores de cinco anos) tomaram as doses de reforço. No município, o imunizante ofertado é o monovalente da XXB Moderna (Spikevax), que não precisa ser reaplicado após três meses. A vacinação está disponível nas 33 Unidades Básicas de Saúde (UBS).
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