A Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Pirajibu, em Itu, Região Metropolitana de Sorocaba, será entregue até dezembro deste ano. A informação foi confirmada pela Prefeitura do município.

Na manhã de ontem (30), a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo, Natália Resende, acompanhada do prefeito Herculano Passos (Republicanos) e da equipe da Companhia Ituana de Saneamento (CIS), visitou as obras no local. Em seguida, ela esteve nas obras de pavimentação da Estrada Vicinal do Butantã, entre São Roque e Araçariguama. A agenda da secretária terminou em Itupeva.

A ETE Pirajibu foi inaugurada em 2018 pela Prefeitura de Itu, mas apresentou problemas estruturais já no período de testes e foi desativada antes de começar a funcionar. Em 2020, após denúncia, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) abriu uma investigação para apurar o despejo de efluentes sanitários sem tratamento na natureza.

Segundo reportagem do Cruzeiro do Sul, publicada em outubro de 2021, a Justiça reconheceu a gravidade da falta de operação da estação e estabeleceu prazo para que a Companhia Ituana de Saneamento informasse quando as obras seriam realizadas.

De acordo com a CIS, um acordo foi firmado, estabelecendo que a conclusão dos trabalhos deve ocorrer até o final deste ano. Quando finalizada, a ETE beneficiará cerca de 56 mil pessoas, além do novo distrito industrial da cidade e do futuro Cacau Park. A obra recebe investimento de R$ 3,5 milhões do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fehidro), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil).

“Estamos olhando o que é preciso ser feito e um dos pontos é a questão ambiental e de saneamento, de melhorar o nosso esgotamento sanitário, o setor de águas como um todo. São R$ 3,5 milhões em investimentos do Fehidro, realizados de forma conjunta com os comitês de bacia, prefeituras e o Estado, para unirmos esforços e de fato resolvermos problemas”, afirmou Natália Resende.

As obras da estação Pirajibu estão divididas em três fases: fundação, reforma estrutural e impermeabilização. Segundo Gilmar Souza, superintendente da CIS, a primeira etapa já foi concluída.

“Nós estamos na segunda e terceira fases. A primeira já foi superada, que foi toda a questão estrutural. Essa ETE nunca funcionou, pois apresentou problemas logo no início, quando foram feitos os testes. Essa gestão deu celeridade às obras e hoje estamos realizando a impermeabilização de um dos tanques. A concretagem de ambos já está pronta e a impermeabilização do segundo tanque será feita nos próximos dias”, explicou.

O prefeito de Itu destacou que, após a conclusão das obras, 100% do esgoto do município será tratado. “Vai atender toda a região do Pirapitingui e vamos devolver ao rio a água pura, como recebemos. Nós vamos tratar o esgoto e isso também será positivo para Sorocaba, porque vai despoluir o rio e, consequentemente, trazer benefícios para todos.”

Estradas

Após visitar a ETE em Itu, a secretária acompanhou as obras de pavimentação da Estrada Vicinal do Butantã, entre São Roque e Araçariguama, ao lado do presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo (DER-SP), Sérgio Codelo.

As intervenções incluem serviços de terraplanagem, pavimentação e drenagem ao longo de 3,7 quilômetros da via. As obras têm previsão de conclusão para o final de 2025 e, segundo o Estado, devem beneficiar cerca de 35 mil habitantes, além de usuários de outras regiões que utilizam a estrada.

Sobre outros investimentos previstos para a região, Natália Resende informou que a rodovia Emerenciano Prestes de Barros (SP-97), no trecho que liga Sorocaba a Porto Feliz, também receberá melhorias. Em agosto de 2025, o Cruzeiro do Sul divulgou que o Governo do Estado autorizou as obras de duplicação da rodovia.

“Esse é um dos exemplos para o qual vamos abrir licitação. Isso faz parte de um grande programa que estamos desenvolvendo junto com o governador Tarcísio de Freitas para melhorar o escoamento e a mobilidade das pessoas, aliado também às ações ambientais, já que temos dado muita atenção à drenagem, que contribui inclusive para o desassoreamento dos rios”, destacou Natália. (Vanessa Ferranti)